A primeira etapa de construção do anel viário que ligará a rodovia Euclides da Cunha à vicinal Carlos Gandolfi e ao município de São João das Duas Pontes entrou em fase de licitação nesta semana, segundo informou a assessoria de imprensa da Prefeitura de Fernandópolis.
Com a construção do anel viário, caminhões e ônibus deixarão de utilizar ruas centrais da cidade para chegar àqueles locais. A previsão de conclusão é para o início de 2010.
O valor da obra é de R$ 3.398.414,52 milhões. Já o custo do estudo ambiental e elaboração de projeto foram de R$ 95 mil. Esse será o único anel viário construído pelo Estado na região.
Outros dois anéis viários existentes foram construídos nas cidades de Marapuama e Ipiguá. A obra que será executada em Fernandópolis faz parte de um pacote de obras do Estado e é orçada em R$ 53 milhões.
Posteriormente, serão executadas outras duas etapas do projeto, que ligará a rodovia Euclides da Cunha à Brasilândia, ao Caic e à vicinal Carlos Gandolfi. Outra rodovia também será construída para ligar a Brasilândia à rodovia Teotônio Vilela - que dá acesso à Exposição - onde serão também asfaltadas as ruas que cercam o recinto. O valor total da obra será de R$ 9 milhões.
Ainda segundo a assessoria de imprensa municipal, o prefeito Luiz Vilar de Siqueira - já vislumbrando o aumento do fluxo de veículos na vicinal Carlos Gandolfi está elaborando um estudo para modificar a linha férrea.
Vários acidentes graves já ocorreram no cruzamento da vicinal Carlos Gandolfi com a ferrovia da All Logística de Fernandópolis. Só no ano passado, duas pessoas morreram ao atravessar a ferrovia.
O mais recente aconteceu em 29 de novembro de 2008, com Gilmar Lopes de Souza, 37. Segundo o maquinista, Rodrigo Fávero, o carro que Gilmar dirigia afogou nos trilhos. Fávero buzinou, deu sinal de luzes, acionou os freios; mas não teve como evitar o acidente.
Souza estava sozinho no carro e seguia para o trabalho em uma usina da cidade. Com o choque, ele foi arrastado por cerca de 30 metros do local e sofreu rompimento de crânio com perda de massa cefálica e faleceu na UTI da Santa Casa.
A segunda vítima, Vanderlei Castilho, 41, foi atropelada pela locomotiva em 2 de setembro do mesmo ano. Em depoimento à polícia, o maquinista Nivaldo Alves disse que, quando avistou Castilho, buzinou, gritou, acionou os freios, mas não conseguiu impedir o acidente. Vanderlei foi internado na UTI da Santa Casa com fraturas no crânio e tórax e faleceu uma semana depois. Para evitar tais fatalidades, Vilar vem estudando formas de solucionar o problema.