A cultura do pinhão-manso na região aos poucos vai chamando a atenção dos pequenos produtores rurais interessados na diversificação de suas culturas e que vêm nesse novo produto, voltado exclusivamente para a produção de biodiesel, como mais uma alternativa de renda em suas propriedades rurais.
O I Circuito Nacional Dias de Campo sobre a Cultura do Pinhão-Manso, realizado na última sexta-feira, dia 20, nas dependências da Câmara, junto com o I Ciclo de Palestras sobre o Pinhão-Manso, mostrou bem essa situação, com a discussão, pelos próprios produtores, da situação de suas lavouras e das perspectivas de mercado a curto e longo prazo.
O circuito foi promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Pinhão-Manso, que tem como presidente Mike Lu, diretor da Curcas Brasil que mantém uma propriedade rural em Jales, onde desenvolve experimentos com a cultura do pinhão-manso na região.
O período da manhã foi reservado para as palestras e discussões com os agricultores e a tarde para uma visita ao Viveiro Municipal de Mudas, para demonstração de uma máquina debulhadeira, que deverá operar na primeira safra de pinhão-manso de Jales e da região.
Também foi programada uma visita à propriedade de Marcos Meroti, presidente da Associação dos Produtores de Pinhão-Manso da Região de Jales, no Córrego da Roça, onde ele mantém 1.500 pés, já em fase de colheita, em uma área de 1.000 hectares.
Marcos está otimista. Apesar da associação ainda contar poucos sócios, ele acredita que o pinhão-manso é uma boa alternativa, mesmo porque é uma cultura que pode ser plantada com outras, inclusive com pastagens, como ele pretende fazer em seu sítio.
A secretária municipal de Agricultura, engenheira agrônoma Gláucia Alvarez Tonin disse que eventos como este promovido em Jales é uma boa oportunidade para que os produtores de pinhão-manso discutam seus problemas e tirem suas dúvidas e também para que outros possam se interessar em obter informações para iniciar o cultivo em suas propriedades, mesmo que em pequena escala, como vem acontecendo nesta fase inicial.
Gláucia explicou que o pinhão-manso é uma boa alternativa principalmente para os pequenos agricultores que podem ter suas plantações consorciadas com outras culturas, além de ter boas perspectivas de mercado.
Os interessados podem procurar o viveiro de mudas da Prefeitura que desenvolve um trabalho para o fornecimento gratuito aos produtores, além de oferecer todo suporte técnico necessário para a produção, como explicou a secretária.
O engenheiro agrônomo da secretaria, Tadeu Calvoso Paulon, disse que na região existem 28 produtores de pinhão-manso, que cultivam 59.305 plantas em uma área que soma 47,5 hectares.
O circuito contou com apoio da Prefeitura, Câmara e empresas ligadas ao setor, como a CDB, Jatropha BR e Ihara.
