Depois de ter sua casa alagada e deteriorada pela chuva do dia 2 de fevereiro e não receber ajuda por parte da Prefeitura Municipal, Carlos José Marques, 60, decidiu entrar com uma ação indenizatória contra o Poder Público.
Durante esta semana, Carlos foi à 45ª Subsecção da OAB-Fernandópolis para ser orientado quanto às provas que teria que juntar. A ação será protocolada na próxima semana.
Marques, que mora na rua Bandeirantes, no Jardim Santista, teve seu muro derrubado pela força da água que inundou a casa do vizinho. O nível da água subiu aproximadamente 35 centímetros, deixando sua casa alagada e boa parte dos móveis arruinados.
No dia seguinte, a pedido de Carlos, o local foi visitado pelo engenheiro e coordenador responsável pela área, Alcides Samenzati. Ele disse que a Prefeitura não poderia ser responsabilizada, uma vez que a chuva era força da natureza.
No mesmo dia a Prefeitura enviou funcionários para ajudar a retirar o concreto do muro que caíra, mas não ofereceu qualquer outra ajuda. Marques procurou a Diretoria do Bem-Estar Social, mas também não teve êxito.
Para se resguardar, Carlos fez um boletim de ocorrência no 16º Batalhão da Polícia Militar, registrando o ocorrido. Eu não tenho como arcar com esses prejuízos, pois fui mandado embora do meu serviço por contenção de gastos. Minha esposa é aposentada, não temos condições de fazer nada, preciso de ajuda, por isso vou recorrer à Justiça, lamentou-se Marques.
O morador também procurou o vereador José Carlos Zambon para pedir intervenção. Zambon disse que apresentará na próxima sessão da Câmara um requerimento solicitando ao Prefeito Luiz Vilar de Siqueira, o envio de um projeto ao Legislativo para solucionar o problema desse e de outros moradores que tiveram prejuízo. O vereador, que também é engenheiro, deu seu parecer sobre o assunto, argumentando que a casa de Carlos foi inundada por causa da falta de sistema de captação de águas na Avenida Affonso Cáfaro.
Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, a Diretoria de Bem Estar Social da Prefeitura de Fernandópolis fez a avaliação social e verificou que a família não se enquadra como de baixa renda, mas o caso foi encaminhado ao Departamento de Engenharia, que está verificando in loco a necessidade dos imóveis que se enquadram em situação de emergência devido aos estragos causados pela chuva. Caso o imóvel referido tenha o parecer favorável da engenharia quanto ao estado de emergência, o benefício será concedido nos próximos dias.