O caçador do sorriso perdido

20 de Agosto de 2025

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O caçador do sorriso perdido
Adriano Andrey Nihi Serantes nasceu em São Paulo no dia 10 de novembro de 1977. Logo aos dois anos de idade mudou-se para Fernandópolis, onde estudou na EEPG Francisco Arnaldo da Silva até a 8° Série. Depois, cursou o 1° Colegial no Colégio Objetivo de Fernandópolis, mudando-se em seguida para São Bernardo do Campo, onde fez o 2° e o 3° anos do 2º Grau no Colégio Singular Anglo.

Em 1995, Adriano ingressou na faculdade de Odontologia de Marília, graduando-se em dezembro de 1998.

Em janeiro de 1999, ele iniciou curso de atualização em cirurgia oral menor no CEBEO (Centro Bauruense de Ensino
Odontológico). Em 2001 iniciou curso de atualização em Dentística Estética e em 2002 cursou Gerenciamento de Marketing no INPG (Instituto Nacional de Pós Graduação), além de estagiar na disciplina de Clínica Integrada na UNIP de Araçatuba. Atualmente, faz especialização em Implantodontia na UNORP em São José do Rio Preto, cidade em que também atua profissionalmente – em média, dois dias por semana. Nos outros dias, Adriano atende seus pacientes de Fernandópolis e região, com a seriedade e a responsabilidade de um verdadeiro fanático pela profissão: ele é capaz de discorrer durante horas sobre o tema, sem se cansar. Detalhe: nos últimos dez anos, Adriano sempre esteve fazendo algum curso de extensão ou especialização. Um caso de paixão infinita, como se vê, pela Odontologia.

CIDADÃO: Quem leu os artigos que o sr. publicou durante seis meses no CIDADÃO pôde constatar que a Odontologia evoluiu muito nos últimos 40 anos. Na sua opinião, quais são os principais fatores que revolucionaram a profissão nesse período?
ADRIANO: Primeiramente temos que levar em consideração, a “qualificação da mão de obra”, onde tem havido a busca pela excelência e aprimoramento profissional, além de altos investimentos em pesquisas, tanto por parte dos profissionais como também por parte das empresas fabricantes de materiais odontológicos. Essa soma resulta em uma odontologia dinâmica que evolui dia-a-dia para o ser humano, mas frisando sempre que a prevenção ainda é o melhor negócio.

CIDADÃO: Na sua especialidade, a implantodontia, há técnicas, como a cirurgia guiada, que permitem implantar toda a dentição do paciente sem incisões na gengiva, ou seja, com pouca agressão ao organismo. E os resultados? Qual é o nível de satisfação apresentado?
ADRIANO: A cirurgia virtual guiada é uma revolução e uma realidade na Odontologia, pois possibilita visualizar os resultados antes mesmo da cirurgia propriamente dita. Através de um software especifico e uma tomografia computadorizada Cone Bean, é possível visualizar em três dimensões o posicionamento dos implantes e conseqüentemente confeccionar a prótese sobre implantes. Após o planejamento virtual, é confeccionado um guia cirúrgico (prototipagem) que direcionará os implantes; nesse mesmo guia, confecciona-se a prótese, que pode ser instalada imediatamente após a cirurgia de colocação dos implantes, sem retalho, pois já foram pré-determinados, de acordo com a tomografia, os locais de colocação dos mesmos. No que diz respeito à satisfação, ela é inacreditável, pois o paciente sai do consultório com “dentes”, ou seja, com sua prótese sobre implantes já em posição, e sem a necessidade de voltar para retirar pontos, pois não tem sutura alguma, deve-se retornar apenas para controle pós-operatório como toda intervenção cirúrgica. Vale lembrar ainda que existem algumas contra-indicações que devem ser avaliadas.

CIDADÃO: Quais são as doenças que podem ser evitadas pelo simples fato de se possuir dentes em boas condições?
ADRIANO: É chamado de complexo estamatognático, onde também a boca é parte integrante, é a grande porta de entrada do nosso corpo, e por isso suscetível a bactérias e outros que acometem o corpo humano, mas em especial a cárie e a doença periodontal. A melhor forma de tentar evitar é mesmo uma boa higiene oral.

CIDADÃO: Por que se costuma dizer que “Deus nos deu duas dentições e a implantodontia deu a terceira”? O método é tão revolucionário assim?
ADRIANO: “Terceira dentição”, este não é um termo correto, pois os implantes dentários, vêm para tentar substituir algo que foi perdido, mas nem sempre se consegue devolvê-la de forma plena, pois é um complexo, que envolve: osso, gengiva, dentes adjacentes, função mastigatória e complexo digestivo, não é apenas “colocar dente”!!! É um processo que deve ser muito planejado e avaliado para que seja bem executado, por isso requer muita dedicação ao estudo e ao conhecimento técnico especifico. Esta é uma técnica que veio pra ficar, pois tenta de uma forma sutil elevar a auto-estima e devolver a função perdida em decorrência de um ou mais elementos dentais perdidos, que por sua vez podem afetar outros sistemas, como o digestivo, por exemplo.

CIDADÃO: Uma pessoa que esteja sem os dentes há muito tempo pode receber implante? Há algum tipo de dificuldade nesse caso?
ADRIANO: Podemos dizer que são raros os casos em que uma pessoa não possa receber implantes, pois hoje temos um arsenal muito grande de recursos para reabilitar um ou mais dentes; onde o grande problema encontrado é a “falta” de osso e os chamados acidentes anatômicos.

CIDADÃO: Do ponto de vista da higiene bucal, quais as vantagens do implante em relação às outras técnicas?
ADRIANO: Os implantes comparados a outras técnicas reabilitadoras como as próteses fixas, móveis ou dentadura, tem a grande vantagem de ser fixo ou até removíveis dependendo das necessidades e desejos do paciente em questão, podendo ainda em casos múltiplos ser individualizado e conseqüentemente uma cópia da dentição original tornando-se natural o processo de escovação e de uso do fio dental.

CIDADÃO: Se o sr. tivesse que tratar o perfil ideal de um profissional da odontologia, como seria? A alta habilidade manual é essencial?
ADRIANO: “Acima de tudo, ame muito o que você faz, e faça!!!”