Uma das alternativas para quem quer ter acesso à Internet, mas não tem computador em casa e nem condições de desembolsar cerca de R$ 50 mensais pelo serviço, é recorrer às lan houses.
O preço pela hora gira em torno de R$ 2. Com a ajuda de alguns pacotes promocionais oferecidos, o internauta pode ficar horas navegando pela Internet por preços em conta. Há quem chegue a reservar um valor no orçamento mensal para as visitas às lan houses. Tudo para não ficar de fora da onda digital.
É o caso do estudante Renato Marchiori, que gasta por mês R$ 50 para acessar sua conta do Orkut, falar com os amigos no MSN e navegar pela Internet. Eu não tenho computador em casa, então a alternativa é vir aqui. O que eu mais gosto de acessar é o orkut e falar com os meus amigos no MSN. Gasto cerca de R$ 50 todo mês, disse Renato.
Segundo o empresário Anderson Keniti Moribe, 25, dono de uma lan house local, o maior fluxo de clientes é reservado à faixa etária dos 18 a 30 anos de idade. Recebemos pessoas de até 60 anos de idade, hoje todos querem ter acesso à Internet, como nem todas as pessoas têm computador ou dinheiro para manter uma Internet banda larga em casa eles vêm para cá, afirmou Anderson.
Por dia, as lan houses chegam a receber em média 100 pessoas. Para que os internautas se sintam em casa, outros serviços também são oferecidos: lanchonete, jogos em rede, gravação de CD´s, DVD´s, xerox, digitalização e consultoria de informática.
CIDADE DIGITAL: Vilar não pretende implantar projeto de acesso grátis à Internet
O CIDADÃO entrou em contato com a assessoria da prefeitura esta semana para saber se, a exemplo de várias cidades, o prefeito Luiz Vilar pretenderia democratizar o acesso à Internet, colocando em prática um projeto que permita acesso grátis aos munícipes, como, por exemplo, o projeto Cidade Digital.
Em resposta, a assessoria disse que o acesso gratuito à Internet será implantado somente nas escolas de ensino fundamental que já possuem o laboratório de informática montado. O acesso à Internet será implantado para alunos e envolverá a comunidade na estrutura escolar. A programação será pré-estabelecida por cada escola.
Em Ouroeste, a 36 km de Fernandópolis, a prefeitura disponibilizou acesso gratuito à Internet a toda a população. Segundo o funcionário público José Carlos, que faz parte do setor de informática, a prefeitura gastou cerca de R$ 60 mil para implantação do sistema e hoje o mantém com um valor mensal de R$ 6 mil. O plano mais econômico de acesso à Internet gira em torno de R$ 50.
Sobre o Projeto Cidade Digital
O projeto Cidade Digital prevê que o município terá em toda sua área a infra-estrutura de telecomunicações e Internet para acesso individual (em casas e escritório) e público (escolas, hospitais, bibliotecas, entre outros), disponibilizando à população informações e serviços públicos e privados em ambiente virtual. Um dos objetivos do Cidade Digital é a universalização do acesso à Internet na cidade, com tecnologia de ponta e de baixo custo.
