A votação das cinco declarações de veto total, formuladas pelo Poder Executivo Municipal de Fernandópolis, acabou por fortalecer a posição do advogado Ricardo Franco de Almeida, assessor jurídico da Câmara, na sessão de terça-feira.
Os cinco projetos parlamentares que sofreram veto um, ainda da administração de Ana Bim; os outros quatro, já no mandato de Luiz Vilar haviam recebido pareceres contrários do assessor, por ilegalidade ou inconstitucionalidade.
Na sessão, os vereadores acabaram votando favoravelmente aos vetos do prefeito, após muita discussão. O vereador Etore Baroni, por exemplo, disse que levou duas piabas do Executivo, mas que preferia acatar o parecer de Ricardo Franco. Porém, afirmou: Se isso (seu projeto que dispõe sobre a ampliação do corredor comercial) tem que ser proposto pelo Executivo, e não pelo Legislativo, vou levar uma cópia ao prefeito e pedir que ele faça a proposta.
Também o presidente da Casa, Warley Campanha, preferiu levar em conta a experiência profissional de 26 anos do advogado da Câmara.
Apenas a vereadora peemedebista Maiza Rio discordou dos pareceres. Surpreendentemente irritada e nervosa, Maiza não aceitou a arguição de inconstitucionalidade acerca de seu projeto que institui a gratuidade de ingresso de policiais civis e militares às sessões de cinema, teatro, shows, feiras, exposições e congêneres. Discordo do nobre advogado, é uma questão de interpretação, dizia.
Na votação nominal, houve oito votos favoráveis ao veto e dois contrários (de Zambon e da própria Maiza).
O veto ao projeto do ex-vereador Francisco Albuquerque, que isentaria do pagamento de IPTU as pessoas portadoras de neoplasia maligna (câncer), foi aprovado por unanimidade.