Cansados de receber o menor salário do setor na região, os conselheiros tutelares de Fernandópolis encaminharam no mês de janeiro um ofício à diretora do Bem-Estar Social, Flávia Rezende, pedindo intervenção junto ao Poder Público.
O ofício traz o pedido de reajuste salarial embasado em uma promessa feita pelo prefeito Luiz Vilar de Siqueira. O salário atual dos conselheiros é de R$ 830, com desconto de 11% de INSS, cai para R$ 738, 70 - equivalente a menos de dois salários mínimos.
O valor, segundo eles, é ínfimo, uma vez que trabalham em regime de plantão e, por vezes, são obrigados a se deslocarem de madrugada e finais de semana até locais como favelas, delegacias e hospitais, a fim de apurar fatos e garantir os direitos da criança e do adolescente.
O ofício estava acompanhado de uma relação de cidades cujos conselheiros, além de receberem mais, têm direito a férias e 13º salário. É o caso da cidade de Boituva, que possui 40,7 mil habitantes, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e os conselheiros ganham R$ 1,2 mil sem desconto de INSS e tem direito a férias e 13º salário. O mesmo ocorre nas cidades vizinhas de Jales e Votuporanga, onde os profissionais têm remuneração muito mais alta.
Até o fechamento desta edição, a prefeitura não havia se pronunciado em relação ao ofício encaminhado.