Há algumas semanas, o agravamento da crise econômica levou o governo federal a adiar para o segundo semestre de 2009 a licitação do setor sul da Ferrovia Norte-Sul, que ligará o Norte do país à malha ferroviária paulista e ao porto de Santos.
A nova estratégia governamental é justamente usar o Programa de Aceleração do Crescimento PAC , no qual o projeto da malha ferroviária está incluído, como instrumento de combate à crise. Dessa forma, a Ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, anunciou na última quarta-feira que o trecho que ligará Palmas, no Estado do Tocantins, à cidade de Estrela DOeste, situada a 18 km de Fernandópolis, terá as obras aceleradas, pela empresa estatal Valec. São cerca de 1,5 mil km entre a capital tocantinense e a cidade paulista.
O custo previsto para a obra é de R$ 4,8 bilhões. A ministra Dilma afirmou que a estratégia será manter um ritmo mais acelerado nos projetos do PAC, para enfrentar a crise.
Em Fernandópolis, o empresário Carlos Lima, coordenador geral da Força-Tarefa do Pólo Logístico de Água Vermelha, que tem interesse direto na construção da ferrovia, disse que há cerca de duas semanas fora alertado dessa possibilidade pelo deputado federal Devanir Ribeiro (PT), com quem se avistou em São Paulo: O deputado me garantiu que o trabalho feito pelas lideranças regionais que apóiam a Força-Tarefa foi um dos fatores que pesaram decisivamente na decisão do governo, afirmou.
