Um dos pontos mais afetados pelo temporal da noite de segunda-feira foi o Jardim Santista, na zona sul de Fernandópolis. A avenida Affonso Cáfaro ficou alagada e a população contabilizou grandes estragos.
Os muros de concreto das casas, não suportando a força das águas, se romperam e deixaram diversas casas inundadas. Em algumas, o nível da água chegou a 35 centímetros.
Uma das moradoras mais prejudicadas, segundo o coordenador da prefeitura, responsável pela área, Alcides Samenzatti foi a aposentada Sônia Maria Pezatti Marques, 58.
Sônia, que mora na rua Bandeirantes, esquina com a Simão dos Santos Gomes, perdeu vários móveis da casa, eletrônicos e mantimentos, depois que o muro da casa vizinha cedeu e trouxe a enxurrada da avenida Affonso Cáfaro para sua casa.
A aposentada que foi operada há 40 dias e o marido, Carlos José Marques, 60, tiveram que pedir auxílio de amigos para tirar o barro que se formou, por toda casa, no dia seguinte. Oito jovens vicentinos vieram auxiliá-los na limpeza.
Salmas Pereira Silva, 39, vizinha de Sônia, também sofreu com a enchente. Sua casa ficou inundada e vários móveis se estragaram. Ao quatro filhotes recém-nascidos da cachorra de Salma foram arrastados pela correnteza.
Uma vizinha de Salmas, olhando por cima do muro os estragos causados pela chuva, disse: eu já vi isso na televisão, mas de perto não. Jamais achei que fosse passar por isso, a rua parecia um canal do rio.
Até a casa do promotor de Justiça Fernando César de Paula ficou no prejuízo depois que um muro de um terreno baldio, que faz fundo com a escola Saturnino, desabou. A varanda da residência ficou repleta de lama. Segundo vizinhos, o terreno pertence a um funcionário do Fórum.
Várias escolas estaduais e municipais também tiveram estragos - entre elas, a Saturnino Leon Arroyo, onde o muro caiu.
No trevo de Água Vermelha, uma cratera de aproximadamente dez metros se abriu. Já na manhã da terça-feira, 3, técnicos do DER (Departamento de Estradas e Rodagens) iniciaram o trabalho de recuperação do local.
