Depois de 2 anos, vítima da dengue recebe exame de confirmação do SUS

20 de Agosto de 2025

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Depois de 2 anos, vítima da dengue recebe exame de confirmação do SUS
Uma bancária aposentada - Maria Ioshiko Nobukuni – que quase morreu em abril de 2007 por dengue hemorrágica (a pior forma de manifestação da doença) recebeu esta semana, o exame de confirmação do SUS (Sistema Único de Saúde).

Segundo a aposentada, o resultado só chegou até suas mãos depois de muita cobrança. “Quando eu fui fazer os exames, em 23 de abril de 2007, os funcionários disseram que me ligariam quando chegasse o resultado. Fui internada duas vezes, quase morri, levei meses para me recuperar da doença e nada deles me ligarem. Então fui até a Central de Saúde, pois queria ter uma prova de que eu tive a doença. Eles sempre diziam que não tinha chegado. Fui várias vezes, por fim me disseram que não estavam mais fazendo os exames porque havia uma epidemia na cidade e os kit´s haviam acabado. Isso é uma vergonha”, desabafou Nobukuni.

Depois da doença, Ioshiko deu início a uma série de pesquisas sobre a doença e fez contato com diversos pesquisadores e profissionais da saúde que buscam alternativas para acabar com o mosquito de forma eficaz.

Uma das descobertas foi a de que a aplicação de inseticida através do método Ultra Baixo Volume ("fumacê") não é recomendável, pois causa impactos ao meio ambiente, provocando a morte de insetos polinizadores, tais como abelhas, vespas e borboletas, além dos predadores naturais que exercem a função de controladores das populações de vetores.

Outra conseqüência negativa é a seleção de populações de mosquitos resistentes ao produto utilizado, dificultando a interrupção da transmissão através do controle químico, quando realmente for necessário. "O 'fumacê' só elimina insetos alados, ou seja, os ovos e as larvas não são atingidos e renovam sempre a população dos adultos", segundo uma pesquisa da A Diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia, Alcina Andrade.

Após essas descobertas, Ioshiko tem cobrado uma atenção maior por parte da saúde pública, mas diante do novo fato, sente-se frustrada e teme que outras pessoas não tenham a mesma sorte que ela teve: a de sair viva.