Durante praticamente todo o ano de 2008, a então prefeita de Fernandópolis, Ana Bim (PDT), polemizou com a Câmara Municipal a respeito da aquisição de uma área de 6 alqueires situada na margem esquerda da Rodovia Euclides da Cunha, perto da Madeireira Capital.
Essa área, de propriedade da família Simonato, seria destinada à implantação de um novo parque industrial no município. Na época, o presidente da comissão de Obras e Serviços Públicos da Câmara, o vereador José Carlos Zambon, visitou o local e o considerou inadequado para a destinação pretendida.
Zambon, que é engenheiro, ressaltou alguns defeitos: pequena faixa fronteiriça à rodovia, existência de área de preservação ambiental e de um afluente do Córrego da Bala (trechos do terreno, portanto, intocáveis), grande distância do perímetro urbano (fator que iria encarecer a infraestrutura de água e esgoto) e terreno em declive.
Mesmo assim, Ana Bim remeteu o projeto ao Legislativo, que após muita discussão, adiamentos e negociações, acabou aprovando-o.
Agora, porém, toda essa polêmica pode se transformar em desperdício de energia, a se confirmar o projeto do atual prefeito, Luiz Vilar de Siqueira (DEM). Em entrevista exclusiva a CIDADÃO, esta semana, Vilar afirmou, com todas as letras, que considera a área inadequada e que seu objetivo é erguer o novo parque industrial além do bairro da Brasilândia, no sentido Fernandópolis-Meridiano.
O prefeito garantiu que já estuda a aquisição de áreas nessa região de Fernandópolis e quer integrar o novo parque industrial ao anel viário, obra tida como prioritária para 2009. Quanto à área comprada pela ex-prefeita, Vilar afirmou que fará uma proposta à família Simonato: a devolução das terras em troca da devolução do dinheiro que já foi pago. Com esses recursos, mais alguma outra verba, poderemos adquirir terras na região da Brasilândia, diz o prefeito. (Leia mais detalhes na coluna Observatório)