O jovem magistrado Márcio Rogério Alves, um fernandopolense que é filho de Piedade e Adenir Alves, ganhou destaque por sua atuação à frente da 4ª Vara Cível da Comarca de Três Lagoas (MS).
Márcio adotou medidas administrativas para aumentar a eficácia dos serviços que foram consideradas modelo pela Fundação Getulio Vargas. O procedimento teve início em abril. Naquela época, havia 2372 processos no cartório da 4ª Vara. Quatro meses depois, esse número caiu para 1857 mesmo com o ingresso, naquele período, de 395 novos feitos.
Em números, é possível considerar que a eficiência aumentou em 25%. Márcio alterou a forma de trabalho e estabeleceu etapas e metas. Na primeira, realizou-se uma limpeza geral no ambiente, sendo descartadas caixas que continham papes sem valor e que atulhavam o espaço do cartório.
Nesse período, o magistrado realizou várias reuniões com os funcionários, colhendo opiniões e incutindo uma mudança de hábitos no cotidiano da serventia. Houve melhora significativa na convivência, que se tornou muito mais saudável.
A segunda etapa foi dar cumprimento às ordens administrativas do juiz, como não deixar processos em cima das mesas, dar prioridade aos processos mais antigos, eliminar as pendências do SAJ, estabelecer metas, mandar processos findos para o arquivo e tarjar os autos, entre outras.
CORES
Na terceira etapa, criou-se uma força-tarefa, cujo objetivo era remeter para o arquivo centenas de processos, alguns deles já com sentença há vários meses. Uma ordem de serviço foi baixada, com 50 itens de agilização do processo. O juiz Márcio determinou que as capas dos processos contivessem tarjas: vermelhas para os casos de segredo de Justiça; amarela para pedidos liminares e de tutela antecipada pendentes de apreciação (a tarja é retirada após serem apreciados os pedidos); azul para os mandados de segurança; verde para prioridade de tramitação do Estatuto do Idoso; e branca para os processos distribuídos há mais de três anos (para evitar demora na prestação jurisdicional).
Constou da quarta etapa uma completa revisão dos modelos de ofícios, cartas e mandados, de modo a simplificar a expedição e agilizar o cumprimento dos feitos.
A quinta etapa, ainda a ser realizada, virá com a conclusão do Manual do Procedimento da Vara Cível Residual, a cargo do diretor Jairo Aderbal, do assistente judicial Marcel Rulli Menezes e com a supervisão do juiz Márcio Alves.
Uma equipe da Fundação Getulio Vargas esteve no cartório e levou as idéias para que sejam empregadas em outras comarcas do Estado do mato Grosso do Sul.