Nilson Teodoro dos Santos, 49 anos, foi preso em flagrante por investigadores da DIG de Fernandópolis, no dia, 26, quando transitava pelo centro da cidade de Indiaporã. Nilson foi abordado por agentes da DIG para esclarecer o paradeiro de sua esposa, Lucimara Aparecida da Costa, de 33 anos, desaparecida desde o último dia 17.
Recebemos informações de familiares da Lucimara, de que ela e seus quatro filhos não davam notícias há algum tempo. Também ficamos sabendo de uma briga ocorrida no dia 17, entre Nilson e um outro homem, na presença de Lucimara e de três dos filhos dela, na entrada de Indiaporã, disse o delegado titular da DIG de Fernandópolis, Gerson Piva, que também responde pela delegacia de Indiaporã.
CARONA
No início da tarde do dia 17, Lucimara Aparecida estava em Fernandópolis com dois filhos, e nas proximidades do Uirapuru Tênis Clube, pedia carona para retornar a Indiaporã. Um homem, A. A. M., 50 anos, que conduzia um Gol verde, parou. A mulher e as crianças entraram no veículo e seguiram pela rodovia Percy Semeghini. Quando chegaram a Indiaporã, no cruzamento das ruas Cândido José da Silva e Inocêncio Dutra Santana, um veículo Monza, conduzido por Nilson Teodoro, que estava com um dos quatro filhos, perseguiu o Gol. Nilson e Lucimara completavam naquele dia, um período de 40 dias de separação. Enfurecido, Nilson fechou o Gol onde estava a ex, desceu do carro e partiu em direção a A.A.M., que também saiu de seu veículo.
Nilson então sacou uma faca e desferiu dois golpes no homem que estava com Lucimara, que por sua vez, desceu do carro pedindo socorro. Eram 13 horas em Indiaporã, e algumas pessoas testemunharam as agressões. Após deixar A.A.M. caído, Nilson bateu em Lucimara, jogando-a no chão. Chutou a mulher e pisou em sua cabeça, deixando marcas da violência em seu rosto. Com a faca, golpeou as costas dela, que foi jogada para dentro do Monza do agressor. Nilson então, com Lucimara e três filhos no interior de seu carro, tomou rumo desconhecido, ameaçando matar a mulher.
Violento e ameaçador, com a faca em punho, disse para a mulher que somente não a mataria se ela ficasse com ele, para o resto da vida. Lucimara concordou, e Nilson, que arrendara um sítio, levou sua família para onde estava morando. O filho mais velho do casal, com 14 anos, passou a ficar com sua mãe, que permanecia sem atendimento médico, mesmo ferida. Nilson levava e buscava os outros três filhos para a escola todos os dias. A filha mais nova do casal tem somente seis anos, e as quatro crianças conviveram nove dias com o terrorismo do pai.
RESGATE
Após ser conduzido à DIG, Nilson disse que Lucimara estava no sítio onde morava com ele e os filhos, desde o dia 17. Uma equipe de investigadores chegou ao sítio, e lá encontrou o filho mais velho do casal. O menino, orientado pelo pai, afirmava que sua mãe não estava em casa.
Os investigadores argumentaram que seu pai estava na Delegacia, e que ele dissera que sua mãe estava em casa. Ouvindo a conversa entre seu filho e os policiais, Lucimara saiu da casa e, abrindo os braços, disse: Graças a Deus, me tirem daqui. A mulher estava com ferimentos pelo corpo, muito abatida e fraca. Em seu olho direito estava a mais forte marca da violência de seu marido.
A demonstração da Lucimara ao ver os investigadores e a viatura policial evidenciou que ela estava naquele local contra sua vontade. O estado em que ela estava caracterizou claramente toda a violência que sofreu, relatou o delegado Gerson Piva, que autuou Nilson em flagrante, pelos crimes de cárcere privado e dupla tentativa de homicídio. A. A. M. foi submetido a uma cirurgia, e permanece em recuperação na casa de familiares em uma cidade da região. Lucimara está sob cuidados médicos, com seus filhos. Nilson está preso na cadeia pública de Indiaporã.