Justiça absolve Pinato da morte de engenheiro em 2002

20 de Agosto de 2025

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Justiça absolve Pinato da morte de engenheiro em 2002
O advogado Edilberto Donizete Pinato, 53, foi absolvido pelo crime de homicídio praticado contra o engenheiro José Carlos de Lemos, numa sala de reuniões da Sabesp, empresa onde a vítima trabalhava, em 25 de novembro de 2002.

Segundo o juiz Vinicius Castrequini Bufulin, titular da 2ª Vara Criminal de Fernandópolis, este foi o julgamento mais longo de que já participou na Comarca. A sessão começou às 9h e estendeu-se até 21h25, quando foi lida a sentença.

O conselho de sentença, constituído por quatro homens e três mulheres, acolheu a tese da legítima defesa e da ação por relevante valor moral, sustentada pelos advogados de defesa, Alberto Zacharias Toron e Renato Martins. A mulher de Pinato confessara ao advogado que tinha um caso extraconjugal com Lemos, que era amigo de confiança de Pinato.

Na acusação, atuou o promotor de Justiça Eduardo Caetano Querobim, que baseou sua oratória nos depoimentos das quatro testemunhas presenciais do crime. Para o promotor, os testemunhos eram categóricos, demonstrando “cabalmente a intenção de matar”.

O defensor Toron citou Chico Buarque, ao falar do sofrimento de Pinato quando constatou a destruição de um casamento de 26 anos, por causa da traição do amigo: “A dor da gente não sai no jornal”, disse, lembrando trecho de letra do compositor.

Quando a sentença foi prolatada, apenas 40 pessoas ainda resistiam na platéia, depois de mais de doze horas de julgamento. O Ministério Público não se manifestou sobre eventual recurso.