Na última quinta-feira, 20, por volta das 12h25, o moto-taxista Wanderson Aparecido da Silva, 26, morreu depois de colidir com um Fiat 147 no Jardim Paulistano. Segundo informações do Moto Táxi Confiança, onde Wanderson trabalhava, ele saiu por volta das 12h15 para buscar uma cliente no Jardim Ipanema. Em seguida, a empresa recebeu uma ligação de uma moradora do Paulistano, que informou que o rapaz havia se chocado com um carro e que parecia estar sem vida.
Silva foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros, mas chegou morto à Santa Casa. O corpo foi levado para a cidade de Carneirinho (MG), onde mora um dos três irmãos da vítima, sendo velado e sepultado ontem às 17h. De acordo com relato de moradores do Jardim Paulistano, no local já houve uma série de acidentes. Já aconteceram vários acidentes aqui. Fizemos abaixo-assinado pedindo para que fosse tomada alguma providência, mas até agora nada. É preciso fazer um quebra-molas para reduzir a velocidade, pois o povo não respeita o sinal de pare, disse José Antônio.
No último domingo, 16, por volta das 0h, o estudante Wellington Barciela de Jesus, 23, também sofreu um grave acidente na Avenida Expedicionários Brasileiros, próximo ao banco Itaú. Wellington está internado na UTI da Santa Casa, respirando com o auxílio de aparelhos, em estado grave. Segundo a irmã da vítima, ele havia combinado de encontrar com os amigos na choperia Sbarco, durante o trajeto, ao fazer o contorno da avenida perdeu o controle da motocicleta e bateu em um carro que estava estacionado próximo ao local. No final do ano passado, dois outros estudantes - Rauni Pires Andrade, 18, Rafael Cardoso Duarte, 18, sofreram um acidente no mesmo local, e o primeiro perdeu uma perna.
Estudante de engenharia civil, Rauni estava em casa com amigos, comemorando o aniversário de um deles, quando decidiram dar uma volta pela cidade, enquanto o pai, Israel Pires de Andrade, preparava uma galinhada. Durante o trajeto, Andrade e Rafael, que estava na garupa, por causa da alta velocidade, perderam o controle da direção e chocaram-se com o canteiro central da avenida.
Projeto de reestruturação da avenida está engavetado
Desde o ano passado, quando houve o grave acidente envolvendo os dois estudantes, o Demutran (Departamento Municipal de Trânsito) de Fernandópolis, alegou que já havia um projeto destinado à avenida Expedicionários Brasileiros e que, em curto prazo, a prefeitura iria aumentar o tamanho da faixa de desaceleração no trecho onde havia ocorrido o acidente (trecho: Expedicionários Brasileiros entre as ruas São Paulo e Brasil) e retirar o estacionamento de veículos do lado direito, aumentando o espaço da faixa e a visibilidade do motorista. Entretanto, nada foi feito até o momento.
A reportagem de CIDADÃO entrou em contato, ontem, com o diretor do Demutran, Ricardo Correa, que informou que o projeto está parado no setor de obras e que, devido à transição de governo, provavelmente ficará para o próximo ano, caso o prefeito eleito queira pôr em prática o projeto.
