Policiais civis de Jales e Fernandópolis fazem carreata

20 de Agosto de 2025

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Policiais civis de Jales e Fernandópolis fazem carreata
Os policiais civis das delegacias pertencentes às seccionais de Jales e Fernandópolis se uniram para participar da carreata com mais de cem viaturas, promovida sexta-feira de manhã, para receber o ônibus com os colegas da região que participaram da manifestação em São Paulo que resultou em confronto com policiais militares.

Quando se dirigiam em passeata ao Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi, os manifestantes foram barrados pelos PMs. Eles teriam forçado a passagem por uma barreira formada pelos policiais militares, o que acabou em tiros e agressões, com ferimento em 23 pessoas. Ente os feridos estava o jalesense Oleno Carlos Faria Garzela, que levou um tiro de raspão de bala de festim, nas costas.

Ao chegar a Jales, o ônibus foi recepcionado pelos policiais, na Rodovia Euclides da Cunha, próximo ao trevo para Água Vermelha, De lá, todos vieram em carreata para o centro da cidade, passando pelas avenidas João Amadeu e Francisco Jalles, até chegar à sede da Delegacia Secional, onde um grande grupo já estava aguardando para a concentração.

Ali, em breve ato, foi lida uma mensagem do delegado seccional, Pedro Vitoriano, onde ele afirma que este é um momento de reflexão e pede para os policiais levarem suas reivindicações sem radicalismo. “Não vamos radicalizar para não perder a razão”, afirmou.

O delegado Charles Wiston Oliveira disse que o movimento continua, enquanto se espera que o governador José Serra retome as negociações. Os policiais civis insistem no reajuste imediato de 15%, além de 12% em 2009 e mais 12% em 2010. Eles também querem aposentadoria integral, reestruturação do plano de carreiras, extinção da 4ª e 5ª classe e incorporação do adicional de local de exercício (ALE) pelo valor maior, ou seja, pelo que é pago na capital.

O governo ofereceu 6,2% de reajuste imediato, extinção apenas da 5ª classe e aposentadoria especial sem as gratificações salariais incorporadas aos vencimentos.



Charles disse que os policiais não aceitam o argumento da falta de recursos, pois além de serem os policiais civis mais mal remunerados do país, o Estado tem um excesso de arrecadação de cerca de R$ 20 bilhões, conforme informações que eles receberam de alguns deputados. (Fonte: Jornal de Jales)