Nilson Martins de Arruda, 22, morreu às 8h45 desta terça-feira, 30. Ele teve 95% do corpo queimado após uma explosão da fábrica de fogos de artifício clandestina que mantinha nos fundos de sua casa.
A vítima passou a tarde toda na UTI Unidade de Tratamento Intensivo da Santa Casa de Fernandópolis, aguardando transferência para um hospital especializado em queimados na região. A vaga só surgiu por volta das 19h, mas segundo os médicos, o paciente não se encontrava mais em condições de ser transferido. Não resistindo aos ferimentos, ele faleceu no início da manhã desta terça-feira.
Também na terça, foi removido pela Polícia Militar o estoque de artefatos de fogos de artifícios que ainda restara no local.
O caso
Na segunda feira, 29, por volta das 13h45, Nilson Martins de Arruda, teve 95% do seu corpo queimado após a explosão. Segundo informações do tenente da Polícia Militar Wilson Cardoso Júnior, a fábrica clandestina funcionava nos fundos da casa da vítima. No mesmo local também foram encontrados cerca de 50 kg de alumínio claro e 40 kg de clorato de potássio, que provavelmente seriam usados para confeccionar rojões e cascatas de fogos de artifícios.
De acordo com o comerciante e cabo pirotécnico Ubirajara de Paula, que estava presente no local, a explosão pode ter sido ocasionada devido ao manuseio incorreto dos produtos. Agora ficou ruim para quem tem comércio no ramo, porque o pessoal fica com medo. Mas o que provavelmente deve ter ocorrido foi um erro na hora do manuseio, porque depois de pronto não explode, disse Ubirajara.
Segundo relato de vizinhos que tentaram ajudar a vítima após a explosão, o corpo de Nilson ficou totalmente queimado. Quando ouvi a explosão fui até lá tentar ajudá-lo, mas não teve jeito, pois seu corpo estava pegando fogo e derretia junto com a roupa, disse Vanderlei Rafael da Silva, 55.