A Polícia Civil de Fernandópolis entra hoje no oitavo dia de greve. A paralisação teve início na terça-feira passada, 16, quando a categoria decidiu aderir à greve estadual que vinha se arrastando desde o mês passado.
Na semana passada o secretário de Segurança Pública do estado, Ronaldo Marzagão, prometeu punir os policiais civis que aderiram à greve com desconto no salário dos trabalhadores.
Na última sexta-feira, 19, a categoria entrou na Justiça para evitar o que consideram retaliações do Governo Estadual, segundo José Martins Leal, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo.
Alguns distritos policiais furaram a greve após as ameaças. Em Fernandópolis, os agentes policiais se mantêm firme a decisão da categoria. Apenas as chamadas de caráter emergencial estão sendo atendidas.
Reivindicações
A principal reivindicação da categoria é a reposição salarial referente aos últimos cinco anos, o que equivale a um reajuste no salário-base inicial do policial civil de 58%, com base nos índices do INPC. Além disso, os policiais pleiteiam que as gratificações sejam incorporadas aos salários, benefício que deve ser estendido aos aposentados.
A categoria ainda reivindica a reestruturação da Polícia Civil e a implementação da aposentadoria especial, o que significa que o profissional pode se aposentar com 20 anos de trabalho na corporação, mesmo que os outros 10 anos tenham sido despendidos em outra profissão. Apenas as chamadas de caráter emergencial estão sendo atendidas pelos policiais.
