Na manhã de terça-feira, 16, a Polícia Civil de Fernandópolis aderiu à greve estadual, que vinha se arrastando desde o mês passado em todo o estado. No último dia 13, os policiais civis locais paralisaram as atividades por meio período; porém, acabaram voltando ao trabalho, preferindo aguardar o andamento judicial.
A principal reivindicação da categoria é a reposição salarial referente aos últimos cinco anos, o que equivale a um reajuste no salário-base inicial do policial civil de 58%, com base nos índices do INPC. Além disso, os policiais pleiteiam que as gratificações sejam incorporadas aos salários, benefício que deve ser estendido aos aposentados.
A categoria ainda reivindica a reestruturação da Polícia Civil e a implementação da aposentadoria especial, o que significa que o profissional pode se aposentar com 20 anos de trabalho na corporação, mesmo que os outros dez anos tenham sido contados no exercício de outra profissão.
As negociações prometem se delongar, uma vez que a Secretaria de Gestão Pública do Estado alegou que as reivindicações da categoria são irrealistas e impertinentes. Pelos cálculos da secretaria, os gastos com as reivindicações mais do que dobrariam a atual folha de pagamento da Secretaria de Segurança Pública, atualmente da ordem de R$ 7 bilhões.
Em Fernandópolis, delegados, investigadores e demais funcionários optaram por não dar entrevistas à imprensa e aguardar as negociações. O mesmo ocorre nas delegacias de Jales e Votuporanga, que também entraram em greve.