Depois de visitar Fernandópolis na última quinta-feira, 11, onde declarou apoio expresso à candidatura de Carlos Lima (PT) a prefeito, o presidente da Câmara Federal, Arlindo Chinaglia, esteve em Jales, para apoiar a candidatura do prefeito Humberto Parini à reeleição.Durante entrevista, Chinaglia disse que a questão da escuta telefônica sem autorização que abalou os meios políticos é crime que precisa ser punido.
Esse grampo que ficou mais famoso, envolvendo o presidente do Supremo Tribunal Federal e um senador, é um crime que deve ser investigado para se identificar os responsáveis. A lei prevê detenção, cadeia, de dois a quatro anos, mais multa, afirmou.
Sobre a possibilidade de já ter sido grampeado, o presidente da Câmara disse que não é tão inocente a ponto de imaginar que nunca lhe bisbilhotaram. Isso, no entanto, não o preocupa, pois como afirmou, sempre tem comentado que tudo o que fala ao telefone também pode falar em praça pública.
Chinaglia permaneceu em Jales das 14 às 17 horas, gravando para o horário eleitoral, dando entrevistas e percorrendo parte do centro da cidade, da Rua 15 até a Rua 11, entrando nas lojas, acompanhado de Parini e de grande parte dos candidatos das duas coligações que apóiam o prefeito.
Na sua avaliação, o PT deverá crescer mais no interior, pois na capital e nos municípios da região do ABC isso já vem acontecendo há mais tempo. Também deverá contribuir para esse crescimento, segundo ele, o fato do país ter gerado mais de 1,7 milhão de novos empregos nos últimos 12 meses, além do aumento do PIB nacional que chegou a 6,1% no segundo trimestre.
O PT, que sempre resistiu a alianças, hoje faz coligações como a que acontece em Jales, onde reúne nove partidos. Segundo Chinaglia, os petistas pensavam que com essas alianças o partido pudesse se descaracterizar, mas era um temor infundado. Ele lembrou que o Governo Lula sempre fez alianças no Congresso Nacional, pois sabe que sem elas não se pode governar. Se você faz uma aliança para governar o Brasil, porque não pode fazer uma aliança para governar um município?, perguntou, acrescentando que o que não pode é fazer uma aliança que conflite com o que o partido pensa ou defende.
Chinaglia não quis fazer projeções sobre as possibilidades de crescimento do PT em relação às eleições passadas, mas lembrou que um levantamento feito por um jornalista da Folha de São Paulo mostra que de 107 grandes cidades, está na frente em 46, o que dá uma dimensão de como o partido está, nacionalmente. (Fonte: Jornal de Jales).