Ilha Solteira tem dia mais seco do ano, com umidade de 13%

20 de Agosto de 2025

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Ilha Solteira tem dia mais seco do ano, com umidade de 13%
A última semana na região de Ilha Solteira já apresentava umidade baixa, com mínimas entre 15 % e 18,8%, entretanto nesta quinta-feira a Área de Hidráulica e Irrigação UNESP Ilha Solteira registrou umidade crítica de 13%, o mais baixo índice do ano, às 15 horas e 19 minutos.

Valores entre 20% e 12% representa alerta a saúde, e ainda, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o índice de 13% registrado está muito próximo ao considerado de emergência, ou seja valor inferior a 12%.

A população deve redobrar os cuidados neste período, pois a baixa qualidade do ar proporciona maiores problemas respiratórios, secura na garganta e nos olhos e desidratação. É recomendado evitar qualquer exercício ao ar livre entre 10h e 16h, aumentar a ingestão diária de líquidos, independente de apresentar sede ou não.

Outra orientação é manter umidificados nos ambientes internos, principalmente quartos de crianças e hospitais, permanecer em locais protegidos do sol ou em áreas arborizadas, evitar aglomerações em ambientes fechados, evitar comidas gordurosas e de difícil digestão, ingerir alimentos como legumes, frutas e carne branca e diminuir o consumo de bebidas alcoólicas.

O inverno no noroeste do Estado de São Paulo tem como uma de suas principais características o tempo seco. A cidade de Ilha Solteira, não registra chuva superior a 10 mm há 90 dias, o que traz grandes conseqüências para região, influenciando principalmente na qualidade do ar.

Apesar das rajadas de vento de 33 km/h registradas na quinta-feira a noite, a chuva não apareceu. A expectativa é de um baixo acumulado de chuva neste período, segundo dados históricos da UNESP, agosto apresenta um volume total médio de somente 20 mm. As precipitações ocorridas no mês já representam 52% desse valor, com um acumulado de 10,4 mm.

A umidade relativa do ar apresenta queda desde junho. Nessa última semana a umidade média ficou muito abaixo da recomendada (60%), com valor de 37%. Índices baixos não interferem somente na saúde humana como também afeta os animais e as plantas, que necessitam de maior atenção nessa época.

O inverno no noroeste paulista além de seco apresenta altas temperaturas. Os termômetros apontaram uma média de 26,7 ºC nesta semana, com máxima atingindo 36,2ºC na quinta-feira às 14 horas e 54 minutos.

A temperatura elevada agrava o quadro crítico, o que acarreta uma série de efeitos altamente prejudiciais à produção principalmente de aves e suínos. Isto torna imprescindível que se criem climas internos capazes de diminuir o trabalho exercido pelo sistema metabólico dos animais, com condições de alojamento favoráveis.

As plantas também sofrem com o inverno seco, e a irrigação se torna bem vinda na região. O valor de evapotranspiração médio da semana foi de 5,4 mm/dia, representando a quantidade de água que deveria ser reposta para as culturas através da irrigação, já que a chuva está sendo insuficiente. A perda de água por transpiração e evaporação da água do solo atinge altos valores neste período, chegando a ser registrado uma evapotranspiração de 6,1 mm na última quinta-feira, 28 de agosto.