Candidatos falam de Expô e disputa regional

20 de Agosto de 2025

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Candidatos falam de Expô e disputa regional
Nesta edição, CIDADÃO formulou aos candidatos a prefeito Ana Bim, Carlos Lima e Luiz Vilar as seguintes perguntas: 1) O que o sr(a) fará, como prefeito(a) eleito(a), para recuperar o terreno perdido para Votuporanga na corrida do desenvolvimento? E 2) Não será chegada a hora de repensar a estrutura organizacional da Exposição Agropecuária de Fernandópolis? O(a) sr(a) tem planos de mudanças em relação à festa? A seguir, as respostas apresentadas.

Ana Bim

1) Nos últimos quinze anos perdemos a oportunidade de participar de forma eloqüente do boom desenvolvimentista industrial disseminador de empresas por quase todo o interior paulista, alcançando até mesmo Valentim Gentil e não só Votuporanga. Além de não instalar novas empresas, Fernandópolis perdeu as maiores delas.
O PRODEI, entre 93/97, órgão exclusivo para fomento industrial virou PRODEIC, com configuração também comercial.
A resultante alcançou apenas e tão somente um único grande empreendimento comercial que se concretizou. Os incentivos atraentes, terrenos especiais para indústrias, quedaram nas calendas gregas.
Com a guerra fiscal, parece que os prefeitos daqui se desencantaram com o desenvolvimento industrial, por falta de visão ou de vontade própria, mas Valentim Gentil e Votuporanga não ficaram amedrontadas. Foram à luta.
A regra praticada é a de pagamento de aluguéis de imóveis para os empresários, tática que demonstrou não ser muito eficiente nos resultados.
Um empresário atual, no período entre 93/97, recebeu a descabida, incongruente, incompreensível e irresponsável ordem verbal expressa do prefeito e inadvertidamente ocupou imóvel do governo estadual. Hoje, com centenas de funcionários sofre ele na carne o pedido de reintegração do imóvel pelo Estado. Isso não foi incentivo, mas barafunda oficial e ilegal.
Fizemos a lição correta na hora certa. Com muita economia e severidade nos gastos públicos, obtivemos o recurso necessário para a compra de área especial, quebrando o tabu dos prefeitos anteriores uníssonos em dizer da falta de recursos financeiros.
Gastavam na Exposição, mas não tinham dinheiro para agigantar o crescimento industrial local.
Para Fernandópolis não parar e crescer muito mais, a partir de 2009 o programa de desenvolvimento iniciado em 2008 vai agir proficuamente visando transformar Fernandópolis em Centro Regional Industrial Diversificado.
A Prefeitura comprou oito alqueires ao custo de R$ 480 mil reais ao longo da Rodovia. A conta não fica para a próxima gestão, pois já está paga.
No novo Distrito Industrial vamos, a curto e médio prazo, instalar 50 novas empresas já cadastradas no PRODEIC e por em execução um plano audacioso visando a industrialização que, além usar os oito alqueires para 50 novas empresas, pretende:
a) Transformar os armazéns do IBC em 2º Unidade Incubadora e atender até mais 20 novas empresas.
b) Transformar a área paralela ao longo da ferrovia em Corredor Lindeiro de Indústria, Comércio e Serviços.
c) Estimular o surgimento de empresas, comerciais e de serviços ocupando espaços vazios ao longo das marginais Litério Greco, Luiz Brambatti e da Rodovia Percy Waldir Semeghini, oferecendo apoio logístico e gerencial.
d) Criar programas e projetos de estímulo à agricultura e pecuária para desenvolvimento do agro-negócio e da produção industrial familiar rural.


2) Várias tentativas de terceirização do uso do parque de exposição foram infrutíferas. Assim, para reorganizar e definir a utilização permanente do Parque de Exposição, sobram três opções:
Primeira. Continuar do jeito tradicional, sempre ficando para o ano seguinte as medidas para realização da festa, com planejamento de execução quase sempre em cima da hora, correndo os gastos com conservação do parque por conta da prefeitura.
Segunda, tentar promover a venda da área do parque através de licitação com a condicionante na realização permanente da festa, o que é uma pretensão inexeqüível.
Terceira. Estudamos a possibilidade de, com autorização legislativa, criar um Departamento Municipal de Eventos e Turismo, autárquico, com a nomeação de um diretor e equipe, com mandato mínimo de dois anos, sem recondução. Mas com liberdade administrativa para planejar e executar, em atividade anual permanente, a realização da Exposição com desempenho no agro-negócio, rodeios, shows artísticos além de utilizar o recinto para eventos culturais, educacionais e turísticos.


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Carlos Lima:

1)Realizando e ou continuando projetos e compromissos tais como:
Desenvolvimento com geração de empregos, consolidação da implantação do Porto Intermodal(Pólo Logístico de Água Vermelha) – Alcoduto, terminais ferroviários(CEAGESP e IBC), base de Etanol(Base da Petrobras/ALL), base de conteineres e aeroporto internacional de cargas, criação dos condomínios empresariais, NEX(Núcleo de Exportação e NDS(Núcleo de Desenvolvimento Setorial); Apoio à agricultura familiar com incentivo a agroindústria e incremento do mercado municipal, implantação do anel viário com recursos do PAC(Plano de Aceleração do Crescimento), com essas ações para o desenvolvimento local, haverá um incremento de renda para a população de Fernandópolis que conseqüentemente irá fortalecer nosso comércio, suprimindo a instabilidade da sazonalidade;
Pronto Socorro municipal com atendimento 24 h e cartão saúde, CRH(Centro de Reprodução Humana), Home-Care, Pró-med, Ampliação do SISARF, implantação do SVO(Serviço de Verificação de Óbito) e SAMU(Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e Programas de assistência às gestantes e aos pacientes diabéticos e apoio à Santa Casa e AVCC; Apoio à segurança com a criação da Guarda Municipal, monitoramento por vídeo câmeras; Ampliação das CEMEIs de forma que atenda todos os bairros da cidade, plano de carreira, investimentos na formação, cidade mirim para educação no trânsito, Escola Piloto(Atendimento Educacional aos sábados); Usina de reciclagem, com a criação da moeda verde(Ecológico), Rua viva e os parques ecológicos; Criação do Parque Cemitério e a remodelação dos existentes; Pró-nutre, implantação do projeto cozinha nos bairros, apoio a alimentação das entidades, sopa nos bairros e ampliação dos programas sociais do governo LULA; Centros de lazer e esportes nos bairros e beira rio, atletismo, futebol, motocicismo, hipismo, ciclismo, kartismo, aeromodelismo, entre outros; Casa para Todos(construção de moradias em terrenos do próprio contribuinte) e Pró-Moradia(Programa do governo LULA); Projeto meu Primeiro CD(Incentivo aos talentos locais, projetos de inclusão social e cultural ex banda, corais intercambio; Criação de espaços culturais, oficinas de artes, fomento às bordadeiras ao artesanato, escultores, pintores, músicos e artistas plásticos, feiras de animais e pássaros; Asfalto com recursos do Ministério das Cidades e Emendas Parlamentares, oriundas do governo LULA, sem custo para população, Criação da sub-prefeitura de Brasitânia com a patrulha agrícola local;
Complementando, venho realizando diversos trabalhos, que ao longo desses anos tem posicionado a cidade para o desenvolvimento.
Vejam vocês, que nos anos 90, quando então exercia o cargo de presidente da ACIF(Associação Comercial e Industrial e Fernandópolis) implementei vários projetos que possibilitaram a inserção de Fernandópolis na rota do desenvolvimento. Uma delas, foi a criação do CMTMO(Centro Municipal de Treinamento de Mão de Obra), que possibilitou a profissionalização e qualificação de mão de obra, abrindo assim grandes perspectivas para aumento do emprego e do desenvolvimento de nossa cidade.
Trouxemos o SEBRAE(Serviço de Apoio da Micro e Pequena Empresa), para capacitação e suporte aos empresários.
Criamos o núcleo de exportação na ACIF e posteriormente trouxemos a UFSCAR(Universidade Federal de São Carlos) com sua estrutura de tecnologia.
Organizamos missões, como a MERCOSUL e a CURITIBA, sendo a primeira com o objetivo de proporcionar a abertura do mercado comum para as empresas locais e a segunda com o intuito de desenvolver novos modelos de transporte urbano, urbanismo e paisagismo, roteiros culturais e a preservação do meio ambiente.
Na mais recente história, a missão PORDENONE-Itália e a criação do Encontro Internacional de Negócios, que hoje ocorre na cidade vizinha por falta de apoio local.
E outras ações, incluindo aqui os terminais ferroviários do projeto do Porto Intermodal(Pólo Logístico de Água Vermelha) que com a movimentação de cargas gerará mais de 5000 postos de trabalho e o desenvolvimento de que a cidade precisa para se despontar.


2- Sem dúvida, há uma necessidade de mudança na estrutura.
Os planos se iniciam com a abertura do parque de exposições durante todo o ano. A abertura para as mais variadas práticas de esportes como o futebol, volei, soltar pipas, ciclismo, churrasco como lazer, caminhada, skaite, shows com bandas locais e apresentação de grupos teatrais e de lazer entre outras.

A mudança na estrutura se iniciará com a nomeação de um presidente e de um conselho para o parque de exposições para uma gestão de 4(quatro) anos, coincidente com o do prefeito Carlos Lima e ali, manterá as mais variadas exposições bem como a realização de feiras e eventos com as entidades.


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Luiz Vilar

1- O que o(a) sr.(a) fará, como prefeito(a) eleito(a), para recuperar o terreno perdido para Votuporanga na corrida do desenvolvimento?

R.: Em primeiro lugar, o mesmo apoio que Votuporanga tem hoje, junto ao governo do Estado, Fernandópolis também o terá.
Com a nossa vitória, a comunidade Fernandopolense estará unida, fator muito importante para o sucesso de um município.
Tudo nos faz acreditar que o próximo Prefeito de Votuporanga será um empresário bem sucedido; isso traz ainda mais responsabilidade a nós e também aos eleitores: não poderão errar na escolha do próximo Prefeito.
O resto é acreditar em nosso potencial, trabalhar muito, não perder oportunidades e buscar sempre o melhor para nossa cidade.

2- Não terá chegado a hora de repensar a estrutura organizacional da Exposição Agropecuária, Comercial e Industrial de Fernandópolis? O(a) sr.(a) tem planos de mudanças em relação à festa?

R.: Estamos pensando em nomear uma comissão permanente para cuidar do Recinto de Exposições, providenciando, com antecedência, as inovações necessárias no local, sem atropelos de última hora.
Nomear o Presidente da festa com bastante antecedência, dando-lhe total liberdade de trabalhar antecipadamente para trazer grandes investidores.
Os Presidentes nomeados pelo Prefeito serão os responsáveis pelas contratações dos shows e todas as demais providências que deverão ser tomadas para o sucesso da festa e não como aconteceu nas últimas vezes, quando os Presidentes foram nomeados às vésperas do evento; não tiveram autonomia, os shows foram todos contratados pela Prefeita, e os mesmos, embora boas pessoas, foram usados como verdadeiras “marionetes”.
Estaremos também trabalhando no sentido de fazer a cobertura da pista de montarias, arquibancadas e camarotes, a fim de trazer mais conforto à população e criando um local de múltiplo uso. Além da Expô do mês de maio, o recinto será usado durante os 12 (doze) meses do ano, com outros shows, festa das nações, eventos religiosos, etc.
Iremos completar o asfalto em volta do recinto, bem como faremos a ligação asfáltica do Trevo da Brasilândia-FEF-Expô.