Alaor Pereira: Falta futuro para nossos filhos
O radialista e vereador Alaor Pereira Marques, do PSB, é o candidato a vice-prefeito na chapa do petista Carlos Lima. Polêmico, contundente, o vereador é conhecido por sua atuação frente ao programa Rotativa no Ar, onde leva ao ar reclamações de ouvintes geralmente gente humilde da periferia. Sem papas na língua, Alaor expõe seu ponto de vista sobre a política de Fernandópolis nesta entrevista.
1)Qual é o nível de proximidade entre o seu pensamento político e o de seu candidato a prefeito? Eles são parecidos ou a chapa é apenas em decorrência de estratégia da sua coligação?
R: Há uma proximidade muito grande, inclusive com idéias e soluções idênticas em alguns casos. Esta afinação deve-se ao fato de conhecer o candidato a prefeito Carlos Lima há mais de 15 anos. Participei, como vereador, dos grandes projetos idealizados por ele, o que estreitou a relação, principalmente na compra da área do Pólo Logístico de Água Vermelha, que gerou grande polêmica e que, como presidente da Câmara, disponibilizei verba do duodécimo para aquisição da área e infelizmente não foi viabilizada. A estruturação da chapa foi em decorrência do trabalho da terceira via e posteriormente da frente. Portanto, foi uma seqüência natural, uma sintonia de ações, onde não ocorreram negociações de cargos, mas sim de compromissos pelo desenvolvimento de Fernandópolis. Graças a esse trabalho, foi possível renovar mais de 1/3 dos partidos políticos, reduzir o número de candidatos à vereança e, a mais significativa: um comprometimento total da coligação Renovação Já pelo desenvolvimento de nossa cidade.
2)Que tipo de trabalho o senhor pretende desenvolver enquanto vice-prefeito de Fernandópolis? Vai participar diretamente da administração ou apenas dará sustentação política ao prefeito?
R: Será um trabalho em conjunto, unindo renovação com experiência. Há muito trabalho para resgatar a dignidade dessa cidade. Há muito por fazer, isso só será possível com o trabalho de conjunto. Esse é nosso compromisso com a cidade, com o nosso povo!
3)Na hipótese de assumir o cargo, digamos, por 30 dias, o senhor praticaria algum ato administrativo que julgasse importante, mesmo sabendo que o titular do cargo o reprovaria?
R: Nosso trabalho será de sintonia, de conjunto, portanto as ações tomadas estarão respaldadas no comprometimento com a cidade, com o povo e com as idéias que farão desta cidade uma força regional.
4)Na sua opinião, quais são as maiores mazelas do município de Fernandópolis na atualidade?
R: Falta emprego, desenvolvimento, saúde, lazer, etc. Na realidade, falta oportunidade, vontade política, perspectiva, esperança. Falta VIDA, futuro para nossos filhos!
Sobra vaidade pessoal, que atravanca qualquer possibilidade de desenvolvimento.
Só uma renovação poderá destravar este nó.
5)Há algum tipo de compromisso político entre o senhor e seu candidato majoritário, do tipo apoio para candidatura futura a prefeito ou deputado?
R: Nosso compromisso é com a nossa sociedade, nosso povo! Com todos aqueles que estiverem do lado de nossa cidade, nossa gente!
6)Caso o senhor venha a saber que seu companheiro de chapa, já no exercício do cargo de prefeito, cometeu algum ato irregular ou de improbidade administrativa, o senhor tomaria medidas concretas ou se calaria, a bem do espírito de corpo?
R: Sempre estive do lado da verdade e isso não muda! Estarei sempre do lado da verdade e pelo que conheço do Carlos Lima, ele terá a mesma firmeza. Estamos juntos pela cidade e tenho a certeza que ele representa o que tem de melhor. É humano, sensível às causas sociais, bem relacionado com o empresariado, com o presidente LULA, com a população, eu diria que é um homem de idéias, de soluções, de caráter. Um homem digno, portanto capaz de conduzir nossa cidade, nossa gente no caminho do desenvolvimento, da correção!
7)O senhor assumiria, se assim lhe pedisse o prefeito, o papel de embaixador junto à Câmara Municipal, para negociar soluções de interesse do município?
R: Na realidade acredito que essa função é intrínseca à minha pessoa. Afinal, tenho várias legislaturas e meu conhecimento com certeza facilitará o desenvolvimento dos grandes projetos, de empregos, da saúde, enfim, de um FUTURO digno para nossa gente, que já não agüenta tanta falta de perspectiva, de oportunidade.
8)O que Fernandópolis deve fazer para retomar o desenvolvimento?
R: Pode parecer pedante, mas é isso mesmo. Acreditar nesse jovem talentoso e comprometido com nosso povo. Suas idéias são brilhantes, de visão, elas seguramente farão a diferença e nós (Carlos e Alaor) seremos instrumento popular para um novo caminho, um novo tempo!
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Chico Arouca: queremos retomar o crescimento dos anos 40 até 1992
O experiente Francisco Arouca Poço (PRB), ex-vereador de Fernandópolis, comerciante e líder comunitário na Cohab Antonio Brandini, é o vice da prefeita Ana Bim, do PDT. Arouca prega a volta do ritmo de progresso ocorrido da década de 40 até 1992 certamente uma alfinetada em Luiz Vilar, que assumiu a prefeitura em 1993. Ele fala também em dar prosseguimento aos projetos sociais de Ana Bim e em zelar pela probidade do governo municipal.
1)Qual é o nível de proximidade entre o seu pensamento político e o do seu candidato a prefeito? Eles são parecidos ou a chapa é apenas em decorrência da estratégia da sua coligação?
R) O que levou-nos à união de forças políticas foram exatamente os mesmos propósitos que embalam tanto a mim quanto a Ana Bim. Todos conhecem o meu passado de constantes lutas em prol o desenvolvimento econômico e social da cidade e de nossa gente. Sempre defendi os menos favorecidos e é o que Ana Bim vem executando nos dois últimos anos na prefeitura, trabalho que precisa continuar. Essa é a nossa estratégia: Fernandópolis não pode parar!
2) Que tipo de trabalho o Sr. Pretende desenvolver enquanto vice-prefeito de Fernandópolis? Vai participar diretamente da administração ou apenas dará sustentação política ao prefeito?
R) Vamos trabalhar juntos, é a motivação de nossa coligação. Tenho um passado de serviços prestados ao nosso povo, como vereador e como cidadão atuante na defesa da minha Cohab, por quatro anos reconhecidos como melhor vereador e escolhido pela associação dos moradores de Fernandópolis. Não é agora que, como vice-prefeito, vou deixar de defender os verdadeiros interesses do povo de Fernandópolis como aliado intransigente do novo governo de Ana Bim e Chico Arouca.
3) Na hipótese de assumir o cargo, digamos, por 30 dias, o Sr. praticaria algum ato administrativo que julgasse importante, mesmo sabendo que o titular do cargo o reprovaria?
R) Já disse que Ana Bim e Chico Arouca vão trabalhar juntos. Nossos objetivos políticos conduzirão a ação do novo governo permanentemente. Estarei preparado e acompanhando o desenrolar da administração. Chamado a atuar darei prosseguimento ao plano de governo que, reputo, será sério e honesto, tanto quanto com certeza será a pratica dos atos administrativos do chefe do poder executivo, que endosso de pronto.
4)Na sua opinião, quais são as maiores mazelas do município de Fernandópolis na atualidade?
R) Desemprego, infra-estruturas urbanas viárias solapadas e herdadas do passado recente, sistema de transporte urbano incipiente, cemitérios defasados, oferta de novos parques industriais e falta de infra-estrutura viárias nos já existentes, além de áreas de laser para a população, etc. Parte destas questões já tem solução encaminhada pelo atual governo de Ana Bim: nova Getúlio Vargas; nova Raul Gonçalves Junior; nova empresa de transporte urbano, a Circular Jauense; aquisição, em 2008, de área urbana de oito alqueires para novo Parque Industrial, além de projetos para novos parques industriais nos quatro cantos da cidade, e que virão dar suporte ao progresso de desenvolvimento industrial. Até bem pouco tempo uma da mazelas era a dengue. Hoje estamos com apenas 14 casos, sendo cinco importados. Outra mazela era a falta de asfaltos e galerias nos bairros, que com Ana Bim estas benfeitorias atingirão, ainda em 2008, a 100% das vias públicas de Fernandópolis. É por isso que Ana Bim e Chico Arouca têm que ficar porque mostram compromisso com a população.
5)Há algum tipo de compromisso político entre o senhor e seu candidato majoritário, do tipo apoio para candidatura futura a prefeito ou deputado?
R: Nós estamos pensando somente na atual campanha eleitoral, não queremos mudar esse foco, Fernandópolis e sua gente em primeiro lugar. Teremos muito trabalho a ser feito. Não há qualquer compromisso no que diz a respeito a qualquer candidatura futura.
6)Caso o senhor venha saber que seu companheiro de chapa, já no exercício do cargo de prefeito, cometeu algum ato irregular ou de improbidade administrativa, o senhor tomaria medidas concretas ou se calaria, a bem do espírito de corpo?
R: Existem leis que regulamentam o exercício do cargo, o Tribunal de Contas que além de fiscalizar, julgar também acompanha passo a passo as gestões públicas, como também é função da Câmara de Vereadores. Na qualidade de Vice-Prefeito não vou medir esforços para que tudo seja feito dentro da legalidade e zelarei pela probidade do governo.
7)O senhor assumiria, se assim lhe pedisse o prefeito, o papel de embaixador junto a Câmara Municipal para negociar soluções de interesse do município?
R) Tranquilamente. Como vereador que já fui seria muita honra voltar a dialogar com os nobres vereadores.
8)O que Fernandópolis deve fazer para retomar o desenvolvimento?
R) Sinceramente. Já disse anteriormente que nossa união política é embalada pelos mesmos propósitos: Fernandópolis não pode parar. Tanto acredito nisso que, nos dois últimos anos, Ana Bim já retomou o ritmo de progresso que Fernandópolis tinha nos bons tempos, da década de 40 até os idos de 1992. As obras e as infra-estruturas urbanas, educacionais e sociais atuais recomendam o governo Ana Bim, de forma cristalina, tanto é que a população mais pobre e da periferia vai respaldar a continuação do atual governo. As nossas metas prioritárias do programa de governo, que brevemente serão apresentadas, elegem o desenvolvimento global do município em todos os setores da economia, da saúde, da educação, da cultura, do laser e geração de empregos darão novo alento e aceleração do progresso fernandopolense, e também apoio às forças vivas e empresariais da comunidade.
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Para Birolli, Fernandópolis está no fundo do poço
O anúncio do nome do engenheiro e empresário Paulo Birolli, de 59 anos, como candidato a vice na chapa de Luiz Vilar (DEM) foi uma das surpresas desta eleição. Na reta final, o PSDB, seu partido, anunciou a coligação com o DEM, ficando para os tucanos a escolha do vice. E Paulo Birolli, o ungido, já chega atirando na adversária Ana Bim: Fernandópolis está no fundo do poço, vociferou ele, na mais incisiva das entrevistas feitas por CIDADÃO com os candidatos majoritários.
1)Qual é o nível de proximidade entre o seu pensamento político e o de seu candidato a prefeito? Eles são parecidos ou a chapa é apenas em decorrência de estratégia da sua coligação?
Paulo Birolli Nosso pensamento político é o mesmo, aceitamos grandes desafios. A campanha de vice-prefeito é mais um grande desafio na minha vida. E o Vilar é assim também, já foi prefeito, assumiu a Fundação e o resultado todo mundo vê. Faço o gerenciamento de obras da CDHU na região de Araçatuba e Rio Preto e desde que assumi, em 1991, passamos a pintar as casas, o que não acontecia antes. Gosto da mudança para melhorar. Como presidente da Expô remodelamos o recinto, adaptamos o espaço para deficientes físicos e melhoramos muita coisa. Não se pode pegar um projeto e mantê-lo, é preciso criar, inovar, trazer benefícios, mudar. Temos os mesmos ideais para que Fernandópolis seja reestruturada com urgência. Há três anos eu dizia numa entrevista ao Sistema Mega que o Vilar deveria ser candidato a prefeito, em função do que já acontece em nossa cidade.
No caso da nossa coligação, o pensamento político não é estratégico, mas é a decorrência da União por Fernandópolis. Estamos com diferentes grupos políticos como o do Semeghini, Rodrigo Garcia, Vaz, Analice, Regis, Vadão, Camargo, Farinazzo, Okuma, Santa Rosa e Vilar. Todos participaram ativamente na criação do plano de governo.
2)Que tipo de trabalho o sr. pretende desenvolver enquanto vice-prefeito de Fernandópolis? Vai participar diretamente da administração ou apenas dará sustentação política ao prefeito?
Paulo Birolli Vou trabalhar totalmente ligado ao Vilar sem atrapalhá-lo; o cargo do vice não é o do prefeito. Quem vai administrar o município é ele. Vou auxiliá-lo no que precisar através da nossa ligação com empresários e governo do estado, com quem trabalho há 20 anos. Acreditamos que isso pode trazer muitos benefícios para Fernandópolis. Meu trabalho me leva aos grandes centros e desses contatos quero trazer muito coisa boa para a cidade. Além de participar diretamente da administração, a sustentação política não se dará apenas pelo vice, mas também pelos partidos coligados, a maioria. Os resultados da união serão os melhores para a sustentação de nossa cidade, já que todos participarão.
3)Na hipótese de assumir o cargo, digamos, por 30 dias, o sr. praticaria algum ato administrativo que julgasse importante, mesmo sabendo que o titular do cargo o reprovaria?
Paulo Birolli - Eu não participaria de um ato que não estivesse de acordo com o plano de governo e com certeza o Vilar também não. Nada impede que em 30 dias de férias o prefeito se comunique com o vice. Estaremos sempre conversando, pois é ele quem vai dar continuidade a qualquer coisa que eu faça em trinta dias.
4)Na sua opinião, quais são as maiores mazelas do município de Fernandópolis na atualidade?
Paulo Birolli - Fernandópolis está no fundo do poço, sem comando e respeito ao povo. A demolição da Praça da Matriz é um exemplo. Não se pode destruir o que está feito sem consulta popular. Foram muitas as dificuldades para construí-la. O patrimônio histórico destruído é uma mazela, descaso com o povo. Já o trânsito de Fernandópolis tem vários problemas e nenhuma solução prática. Em horários de pico é impossível transitar pelo centro. Vamos mudar essa situação. No caso da habitação, vamos reformulá-la. Para se ter uma idéia, as 300 casas construídas hoje foram doadas pelo Covas nas gestões de Vilar e Farinazzo. Desde 89 foram construídas apenas 1,3 mil casas. Temos a intenção acabar com o déficit de 1,5 mil moradias populares na cidade. Desativar a cozinha piloto é outro absurdo. Fernandópolis tem hoje a merenda terceirizada e 50% mais cara, sendo que se fosse produzida pela prefeitura poderia ser ampliada com a mesma verba e ainda ajudar entidades assistenciais. É um absurdo o que acontece. Outra coisa errada é asfaltar bairro em fim de mandato e deixar o desgaste nas ruas do centro. Isso é mais do que obrigação de qualquer prefeito.
5)Há algum tipo de compromisso político entre e o sr. e seu candidato majoritário, do tipo apoio para candidatura futura a prefeito ou deputado?
Paulo Birolli - Não há nenhum tipo de compromisso para uma futura candidatura. Entro como candidato a vice em função do auxílio político e administrativo que posso dar a ele. O meu objetivo é auxiliar Fernandópolis e não fazer disso um trampolim político.
6)Caso o sr. venha a saber que seu companheiro de chapa, já no exercício do cargo de prefeito, cometeu algum ato irregular ou de improbidade administrativa, o sr. tomaria medidas concretas ou se calaria, a bem do espírito de corpo?
Paulo Birolli - O Luiz Vilar não cometeria atos irregulares ou de improbidade administrativa imbuído dessa vontade. É evidente que não vamos compactuar com atos como esses que acontecem ultimamente, como asfaltar obra particular, que a prefeitura fez recentemente. Qualquer ato dessa maneira mereceria a nossa indignação, coisa que o Vilar nunca faria. Todos os projetos da gestão de Vilar terão acompanhamento técnico, como tudo o que ele faz, tanto na FEF como em outros empreendimentos, justamente para evitar esse tipo de coisa.
7) O sr. assumiria, se assim lhe pedisse o prefeito, o papel de embaixador junto à Câmara Municipal, para negociar soluções de interesse do município?
Paulo Birolli Temos o maior número de candidatos na coligação União por Fernandópolis e certamente elegeremos a maioria no Legislativo. Quando eleitos, vamos precisar da Câmara no nosso governo e é muito importante que os poderes estejam em sintonia para trazer soluções para a cidade. Tudo precisa ser discutido num nível de igualdade entre os dois poderes. Tudo que for para o bem de Fernandópolis, tenho certeza, não teremos dificuldades em liberar. Acho que o papel de embaixador não será necessário, mas estaremos dispostos ao diálogo para chegarmos ao objetivo comum, já que os dois poderes são independentes.
8)O que Fernandópolis deve fazer para retomar o desenvolvimento?
Paulo Birolli - Será o maior trabalho da próxima administração. Quem comanda Fernandópolis hoje parece não ter vontade de desenvolver a cidade. Prefeito e vice são funcionários da população e devem trabalhar pelo povo sem deixar a cidade perder seu espaço. No ano passado, pela primeira vez na vida, vi a nossa população cair aqui. Nossos filhos estão indo embora. Isso é um absurdo. Em debate com os partidos e pelo que ouvimos do povo, a maior ansiedade é o retorno do desenvolvimento. Como fazer isso? Estamos em ponto estratégicos com a linha férrea e o entroncamento rodoviário. Precisaremos melhorar nossas leis, atrair o empresariado e gerar novos empregos. Essa é a nossa maior proposta, ajudar quem já está aqui a se estabelecer e crescer e apoiar a vinda de novas empresas. Um parque industrial próximo a cidade é importante para facilitar o acesso do trabalhador e o custo das empresas. Teremos que alterar a lei de incentivos fiscais, desenvolver projetos de viabilidade econômica, buscar indústrias e aproveitar o que se produz na região, como o látex. Atender a demanda das usinas com indústria que produza peça para destilarias de álcool. Reativar o frigorífico e participar ativamente das negociações para recuperar os índices de exportação é outro desafio a enfrentar em Fernandópolis. Um terminal aéreo de cargas é outra urgência. O prefeito tem que entender as necessidades do empresariado para que o desemprego não ocorra. Teremos que criar um novo parque industrial, mais perto da zona urbana.