Cerca de 300 pessoas acompanharam o sepultamento do músico e funcionário municipal Vanderlei Angelucci, o Vandão, na manhã desta quinta-feira, 24. Vandão sofria de câncer pulmonar e morreu aos 61 anos.
Casado com Jovina e pai de três filhos Jovaine, Evandro e Alan -, Vandão viveu o auge da carreira musical na década de 60, como baterista do conjunto pop The Black Falcons, que era complementado por Delei, Pateis, Filó e Hirami este, já falecido.
Vandão sempre viveu em Fernandópolis, onde a família Angelucci se inclui entre os pioneiros do município. Depois da fase áurea do Black Falcons, Vandão tocou em outros conjuntos, bandas, fanfarras e nas missas da Igreja Católica.
Pacato, o músico não sabia dizer não pra ninguém, como costumava falar seu ex-companheiro de conjunto Filó, hoje um músico de renome internacional. Filó, aliás, fazia questão de visitar o amigo sempre que vinha a Fernandópolis.
Durante o velório, o maestro Luís Fernando Pagna, da Orquestra de Sopros, levou seus pupilos para dar o último adeus ao amigo através da música, como certamente Vandão gostaria. Com lágrimas nos olhos, os rapazes e moças da Osfer executaram dobrados da preferência de Vandão, que era o mais velho integrante da orquestra.
O guitarrista Pateis, morador de Fernandópolis, e o saxofonista Delei, hoje vivendo em São José do Rio Preto, mal continham a emoção durante a cerimônia de despedida do amigo. Junto com Filó, que não pôde comparecer por estar viajando, eles são os remanescentes do conjunto que embalou bailes e sonhos da juventude de 40 anos atrás, com Vandão ritmando a dança em sua mágica bateria.
Passavam poucos minutos das 10h quando o caixão do músico desceu à sepultura, sob os acordes de Como é grande o meu amor por você, uma de suas canções preferidas, executada em sax e violão.