A Casa dos Parafusos, a loja mais antiga no ramo da cidade, está a 18 anos no mercado e agora sob nova direção. Mauro Gusson, de tradicional família fernandopolense ligada ao agronegócio, assumiu com desenvoltura essa tarefa há seis meses.
Gusson ampliou o espaço físico e reestruturou toda a loja, aumentando a variedade de produtos de diversas marcas e variedades. Ele dá destaque para as máquinas elétricas, como furadeiras, parafuseiras, serras de corte na linha de mármore e madeira, plainas entre outras todas da marca alemã DWT.
A DWT é tão boa quanto às marcas nacionais, porém tem preços mais em conta. Ainda temos assistência técnica aqui mesmo em Fernandópolis e a empresa está difundida no mundo todo, explica o empresário.
Há também um lançamento da DWT de cortadeiras de paredes que faz aberturas para embutir tubulações sem fazer poeira. Gusson explica que essa maquina ao mesmo tempo que corta a parede, suga toda a poeira.
A Casa dos Parafusos ainda convênio com empresas que fabricam máquinas grandes, portanto, se o cliente precisa de uma maquina de maior porte, nós cotamos preços, parcelamos e o produto chega em até uma semana. Esse método deixa o produto mais barato para o cliente, pois não precisarei compra-lo para deixar exposto aqui na loja, conta Gusson.
Além disso, Gusson conseguiu que junto com a encomenda venha também um profissional treinado para manusear aquela determinada máquina para treinar a pessoa que a utilizará. Portanto, o cliente não sai despreparado quanto ao funcionamento do novo produto.
A loja trabalha com marcas renomadas como: Kärcher, Drimel, Black & Decker, Skay, Fercar entre outras. Isso possibilita aos clientes o poder de escolha. Além de oferecer linha de correias industriais e fornecimento de fixadores (pregos e parafusos) para usinas.
Em casos especiais quanto a tamanho, modelo ou material dos parafusos, a loja também se compromete a encomendar caso não tenha no estoque. Além de fazer entregas com distancias de até 200 quilômetros.
Mauro Gusson complementa ao falar sobre essas inovações: Estamos aqui para fazer o diferencial que o mercado exige.
A história do parafuso
O parafuso pode ser definido como um fixador cilíndrico, externamente rosqueado com ou sem cabeça. De acordo com registros históricos, o parafuso rosqueado surgiu por volta do século XV e era feito à mão.
Entretanto, o parafuso não rosqueado é bem mais antigo e muito mais limitado quanto a aplicações.
Na época do Império Romano, os parafusos eram utilizados como pivôs para abrir e fechar portas. Os registros históricos também apontam os romanos como os primeiros a utilizarem os pregos para madeira feitos de bronze ou prata.
Podemos supor que foi só na Revolução Industrial que as porcas e parafusos tornaram-se comuns entre as família de fixadores. Com a invenção da máquina a vapor, em 1765, por James Watt, que ficou clara a necessidade de fixadores rosqueados para assegurar um eficiente desempenho mecânico e uma montagem mais fácil.
Em 1800, Henry Maudeslay construiu o primeiro equipamento que possibilitava a produção de parafusos e porcas com qualquer passo e diâmetro. (passo é a distância da Crista de um fio de rosca até a crista do próximo fio).
Como os parafusos e porcas não possuíam normalização, ficava muito difícil a montagem e desmontagem de máquinas e equipamentos, uma vez que cada prafuso era diferente do outro. Em 1801, Whitney abriu caminho para a resolução deste problema.A intercambialidade entre as partes passou a ser almejada, pois proporcionaria rapidez e agilidade na montagem e desmontagem. A idéia foi tão bem aceita que logo passou a fazer parte de invenções de sucesso, tais como: pistola Samuel Colt; martelo hidráulico James Nasmith, máquina de costura Elias House.
Por volta do século XIX, William Ward desenvolveu a máquina para o forjamento à quente de porcs e parafusos. Nesse processo, a matéria-prima é aquecida a aproximadamente 870º C e alimenta as matrizes de formas. Mais tarde, Ward desenvolveu a mesma máquina porém, de forjamento à frio. Nesse processo, a matéria prima entra na máquina em forma de vergalhões cilíndricos e ocorre o estampamento. Hoje, o forjamento à frio é a base da produção em massa.
A capacidade de fazer roscas uniformes não foi suficiente para garantir a uniformidade entre os fabricantes, visto que cada um preferia ter um padrão próprio.
Assim, foi necessário definir um padrão nacional e internacional. Na Inglaterra, o primeiro passo foi dado por Joseph Whitworth ao apresentar aos engenheiros civis o seu trabalho: Um sistema uniforme de roscas de parafuso . Em 1881, seu sistema foi adotado. Assim, parafusos de certas dimensões deveriam ter roscas iguais em passo, profundidade e forma, com um ângulo de 55º entre o lado de um fio de rosca e outro. O número de fios deveria ser específico para cada diâmetro de parafuso.
Nos Estados Unidos, o movimento de padronização começou a ser difundido em 1864, através de Willian Sellers. Ele defendia o ângulo de 60º, pois resultaria em roscas mais resistentes. Asisim, no final do século, o sistema de Sellers foi adotado nos Estados Unidos e em parte da Europa.
A incompatibilidade dos sistemas Withworth e Sellers dificultou o intercâmbio de peças na 1º e 2º Grande Guerra. Assim, iniciou-se um movimento para que fosse criado um sistema único que pudesse ser aplicado mundialmente.