Pizza, esse prato universal

20 de Agosto de 2025

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Pizza, esse prato universal
O Dia da Pizza é comemorado desde 1985 em São Paulo. A data foi instituída pelo então secretário de turismo do município, Caio Luís de Carvalho, por ocasião de um concurso estadual que elegeria as 10 melhores receitas de mussarela e margherita. Empolgado com o sucesso do evento, ele escolheu a data de seu encerramento, 10 de julho, como data oficial de comemoração da redonda.

A pizza não é de origem italiana como muitos pensam, mas, sem dúvida, os italianos contribuíram muito para sua popularização.

Seis mil anos antes de Cristo, os egípcios já haviam desenvolvido a receita de uma massa, resultado da farinha e água. A receita egípcia percorreu todas as civilizações da época, como a hebraica e a babilônica – inclusive, os hebreus desenvolveram o “Pão de Abraão”, algo muito próximo da massa de pizza como é na atualidade. Depois disso, os gregos deram outro avanço misturando farinha de trigo juntamente com o arroz e assando em tijolos quentes. Os fenícios deram outro passo para chegar à delícia, adicionando cebolas e carnes por cima da massa.

A partir daí, chega a conhecidíssima e mais importante contribuição: a italiana. A pizza era um alimento de pessoas humildes do sul da Itália, quando, próximo do início do primeiro milênio, surge o termo "picea", na cidade de Nápoles, considerada o berço da pizza. "Picea", indicava um disco de massa assada com ingredientes por cima. Servida com ingredientes baratos, por ambulantes, a receita tinha como objetivo "matar a fome" principalmente da parte mais pobre da população. Normalmente a massa de pão recebia como cobertura toucinho, peixes fritos e queijo.

A fama da receita correu o mundo e fez surgir a primeira pizzaria de que se tem notícia, a Port'Alba, ponto de encontro de artistas famosos da época, tais como Alexandre Dumas, que até citou variações de pizzas em suas obras.
Chegou ao Brasil da mesma forma, por meio dos imigrantes italianos, e hoje pode ser encontrada facilmente na maioria das cidades brasileiras. Até os anos 1950, era muito mais comum ser encontrada em meio à colônia italiana, tornando-se logo em seguida parte da cultura deste país.

Foi no Brás, bairro paulistano dos imigrantes italianos, que as primeiras pizzas começaram a ser comercializadas no Brasil. Segundo consta no livro Retalhos da Velha São Paulo, foi nos fornos do restaurante de Geraldo Sesso Jr., a Cantina Dom Carmenielo, que os apreciadores da culinária Italiana passaram a degustar a iguaria napolitana.
Aos poucos, as pizzas foram ganhando coberturas cada vez mais diversificadas e até mesmo criativas. No princípio, seguindo a tradição italiana, as de mussarela e anchova eram as mais presentes, mas à medida que hortaliças e embutidos tornavam-se mais acessíveis no país, a criatividade dos brasileiros fez surgir as mais diversas pizzas.

Tanto que Fernandópolis é um reflexo disso. Na pizzaria Nona Paola, a mais apreciada entre os clientes, é a pizza de picanha. Segundo Ivana Pizzolio, a idéia foi unir duas paixões da nossa região: a carne e a pizza. Com um preparo especial, a especialidade é composta de picanha, alho frito, tomate seco e queijo catupiry. Há também a pizza de sorvete que é a grande pedida de sobremesa. Ivana ainda ressalta uma novidade para o próximo mês: pizza de cone. “A massa fica como uma casquinha crocante de sorvete e ofereceremos variados recheios. É uma forma de inovar, trazer novidades para a cidade”, diz.

Na Bonna Pizza, o forneiro Fábio Andrade aposta na “Pizza Pilão”, uma novidade da casa. No recheio vão algumas especiarias como atum, milho, batata palito e mussarela. Mas também garante que a “Moda da Casa” e a “Portuguesa” são muito apreciadas pelos clientes.

Muitas pessoas já devem ter visto algumas pizzas com nomes diferentes no cardápio da Bela Roma. Entre elas tem a “Drª Cristina” - Fátima Paiva Ramos, dona da pizzaria, explica: “Toda vez que a drª Maria Cristina Prado vinha jantar, ela perguntava se poderia montar sua pizza com ingredientes que escolhesse e sempre montava do mesmo jeito. Chegou um momento em que resolvi colocar também no cardápio e pedi permissão para que levasse seu nome”.

Ainda tem a “Da Val”, pelo mesmo motivo. A vice-diretora da escola Saturnino Arroyo, Valdelice Maria Golçalves, também montava sua pizza.

A “Do Chefe” entrou para o cardápio depois da aprovação dos funcionários e de um vendedor. “Meu marido gosta de escarola, bacon e champignon, então montou uma pizza com esses ingredientes entre outros. Os funcionários comeram e ainda um vendedor que aprovou na hora, disse que precisava ir para o cardápio e foi assim que aconteceu”, conta Fátima.

A “Verdíssima”, à base de mussarela, rúcula e tomates secos, foi criação do psicólogo Paulo Coelho e a “Perfeita” foi obra do Luizinho Arakaki. Fátima conta que Luizinho lhe entregou um papel com todos os ingredientes que, para ele, seria a “pizza perfeita”: tomate, provolone, filé mignon, brócolis, catupiry, manjericão, batata palha e azeitona preta. “Tenho guardado até hoje o papel e Luizinho tinha razão: a pizza é perfeita”, garante Fátima.