Cálculos do Centro de estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) estabeleceram que o boi gordo teve alta de 18% nos primeiros cinco meses de 2008 9,3% somente em maio.
Há estimativas de que, até o final do ano, a arroba chegue ao patamar de R$ 100. O fenômeno é atribuído principalmente à baixa oferta para o abate. A situação inverte o processo histórico, visto que este período do ano é considerado como o da safra, isto é, os preços deveriam estar em níveis inferiores ao da entressafra.
No final do período da seca os meses de setembro e outubro acredita-se que a arroba do boi poderá chegar a R$ 90 ou mesmo R$ 100. Isso se explicaria, segundo observadores, pelo fato de que o número de animais submetidos a confinamento, este ano, não é suficiente para as necessidades do mercado.
Por enquanto, as pastagens estão dando conta de alimentar os rebanhos, o que permite aos pecuaristas segurar o gado no pasto, à espera de preços ainda mais elevados. Em Fernandópolis, o preço do quilo das carnes de primeira (coxão mole, alcatra, contra-filet) há muito rompeu a barreira dos R$ 10 nos açougues. O filet-mignon e a picanha têm atingido patamares superiores a R$ 18 em alguns estabelecimentos.