Réu é condenado a 12 anos pela morte de “Nenê” Giachetto

20 de Agosto de 2025

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Réu é condenado a 12 anos pela morte de “Nenê” Giachetto
Mauro Marçal Borges, de 67 anos, deverá cumprir 1/6 da pena, já que o homicídio aconteceu antes da vigência da lei dos crimes hediondos

O Tribunal do Júri da Comarca de Fernandópolis condenou na última quarta-feira o réu Mauro Marçal Borges, de 67 anos, à pena de reclusão de 12 anos pela morte do pecuarista Luiz Vicente Giachetto, em 24 de abril de 1987.

O crime causou comoção na cidade, já que “Nenê”, como a vítima era conhecida, pertencia a família tradicional da cidade, e também pelas condições em que ocorreu.

Na manhã do crime, Maria Virgínia, a mulher de “Nenê”, deixou o marido por volta das 8h30 no “Posto Nora”, conhecido ponto de encontro de pecuaristas e negociantes de gado. Pouco depois, o comprador de bois Mauro Marçal Borges, então com 46 anos, chegou ao local com um automóvel Voyage e chamou o pecuarista. Depois de rápidas palavras, “Nenê” embarcou no veículo.

Réu e vítima rumaram para a fazenda Santo Antonio, nas proximidades de Brasitânia, onde teria havido um desentendimento relativo ao acerto de uma dívida que Mauro tinha com “Nenê”. Não há testemunhas desses fatos, apenas a versão de Mauro, que garantiu que o revólver 38 usado no crime foi sacado pela vítima. Mauro, então, teria entrado em luta corporal com “Nenê”, apoderado-se da arma e disparado cinco tiros contra o pecuarista.

A perícia demonstrou que, na fuga, Mauro teria passado com o carro sobre o corpo de “Nenê”. O negociante fugiu, e teria levado consigo a bolsa de “Nenê”, onde estariam os títulos de crédito representativos da dívida. Durante 20 anos, Mauro se esquivou do julgamento, até que em 4 de junho do ano passado foi preso em Coronel Sapucaia (MS), perto da divisa com o Paraguai. Desde então, Mauro estava detido em Indiaporã. O advogado de defesa Ricardo Franco da Almeida disse que não vai recorrer da sentença.