O juiz da Vara da Infância e Juventude, Evandro Pelarin, acompanhado de integrantes da Polícia Civil, Polícia Militar, delegado Diomar Pedro Durval e de membros do Conselho Tutelar, visitou a escola Joaquim Antônio Pereira (JAP) na tarde da última quinta-feira, a pedido da diretora Ivonice Mathias.
As autoridades visitaram três salas da escola onde estudavam alunos que apresentam problemas de comportamento. Sete alunos na faixa de 14 anos de idade sofreram sanções: quatro por mau comportamento (foram encaminhados ao Conselho tutelar) e três menores que cursam a sétima série, surpreendidos ingerindo bebida alcoólica no terreno da escola.
A diretora surpreendeu um deles com um copo descartável cuja substância parecia ser refrigerante. Ao indagar ao menor o que havia no conteúdo do copo foi constatado que era pinga misturada com refrigerante. Esses garotos foram conduzidos ao 1º DP e autuados por ato infracional.
O garoto de 14 anos disse ter recebido a bebida de um aluno mais velho da escola Líbero de Almeida Silvares (EELAS) o que foi desmentido quando a diretora pressionou o garoto que revelou a verdadeira origem da bebida. Um menino da minha sala trouxe de casa em uma garrafa pet e bebemos eu, ele e mais um amigo. Tive vontade de experimentar, confessou.
A visita do juiz continuou durante o resto da tarde. Ele passou pela oitava e quinta séries. Em cada sala de aula o magistrado e o delegado explicaram sobre ordem e deveres aos alunos.
É muito importante que a escola mantenha uma parceria com a Justiça. O poder judiciário é parceiro de todas as escolas. Estamos aqui para dar suporte e apoio aos professores para que eles possam ensinar, disse Pelarin.
Ele explicou ainda que a responsabilidade do professor é muito grande e que a visita tinha como objetivo garantir a ordem dentro da sala de aula para que o professor exerça sua autoridade.
Os responsáveis pelos quatro meninos levados pelos assistentes sociais Célia Mafra e Alan Mateus deverão comparecer ao Conselho Tutelar para buscar os filhos. Eles deverão receber uma advertência.
A respeito da visita, o juiz Evandro Pelarin finalizou dizendo que problemas com adolescentes sempre ocorrem e que é necessário enfrentá-los. Tolerância zero com a indisciplina, ressaltou.