No bairro da zona sul, já existe até um retiro, onde a ordenha é feita todas as manhãs
O que um dia foi fazenda (da família Cáfaro, colonizadora da região) parece estar voltando a ser. Vários criadores avulsos de gado bovino, que não possuem terras, utilizam os terrenos baldios do bairro Pôr do Sol, onde o capim floresce nesta temporada de chuvas, para apascentar seus rebanhos.
Perto do posto de combustíveis do bairro, um desses criadores free-lancers chegou a construir um pequeno curral, onde ele ordenha suas vacas todas as manhãs, em meio ao trânsito da Avenida dos Arnaldos.
Há cerca de um ano, o vereador Alaor Pereira Marques (PSB), com base no Código de Posturas Municipal, notificou o fato à prefeitura e ao Poder Judiciário. Algumas providências foram tomadas na época, como transferir o gado solto para o Parque de Exposições, mas aos poucos a situação voltou a ser como era antes.
É possível encontrar esses pequenos pecuaristas pastoreando suas cabeças de gado pelos terrenos do Pôr do Sol e do Bairro Universitário. Ninguém, entretanto, quer falar. São criadores clandestinos, que não emitem nota fiscal, nem tem seus animais inspecionados pelos órgãos competentes. Tanto o leite quanto os animais de abate são vendidos clandestinamente.
O rebanho aumenta a cada dia. Afinal, o preço da carne está em alta.