Para delegado, Estado pode ter culpa por mortes de gêmeas

20 de Agosto de 2025

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Para delegado, Estado pode ter culpa por mortes de gêmeas
O delegado de polícia José Flávio Guimarães, do 2º DP de Fernandópolis, acredita que a burocracia e a demora da DRS-15 em conseguir leitos em unidades neonatais da região podem ter dado causa às mortes das gêmeas Layane e Lorraine da Silva, filhas da doméstica Rita de Cássia dos Santos, nos dias 12 e 14 de dezembro.

Guimarães, que preside o inquérito, Ouviu no último dia 3 os médicos José Roberto Penna e Antonio Carlos Flumignan, que atenderam Rita na Santa Casa de Fernandópolis no dia 10 de dezembro.

A partir desse dia, Rita, que havia entrado em trabalho de parto, começou uma via-crucis pelos corredores da burocracia estatal, representada por uma busca desesperada de vagas em unidades de terapia intensiva especializadas em recém-nascidos, uma vez que sua gravidez era considerada de alto risco.

“Pelo que já foi apurado, a culpa parece recair sobre a Central de Regulação de Vagas (subordinada à DRS-15), que demorou em conseguir vagas para as crianças”, disse o delegado.

Guimarães quer ouvir o provedor e a médica de Jales que atendeu uma das crianças (falecida no dia 14), bem como médicos da Central de Regulação de vagas e do Hospital de Base de São José do Rio Preto. Eles deverão depor através de precatórias.

O drama de Rita de Cássia, de 28 anos, teve novo e amargo episódio no dia de Natal: seu pai, Benjamin Balbino dos Santos, de 59 anos, morreu em decorrência de um aneurisma na aorta. Ele estava internado no HB desde 30 de novembro.