O empresário do ramo frigorífico Alfeu Mozaquatro foi libertado da Cadeia Pública de Monte Aprazível na última segunda-feira, 10, após 14 meses de prisão. Mozaquatro é acusado de formação de quadrilha e crimes contra a ordem tributária.
Em outubro de 2006, a Polícia Federal deteve cerca de cem pessoas na chamada Operação Grandes Lagos, cujo objetivo era extinguir as atividades criminosas de uma quadrilha que agiria principalmente nas regiões de Jales, Fernandópolis e São José do Rio Preto, e que teria provocado a sonegação de cerca de R$ 1 bilhão em impostos no comércio de carnes e derivados.
Contra Mozaquatro, pesa a acusação de suposta utilização de laranjas para abrir empresas-fantasma, sob cuja fachada seriam praticados negócios irregulares e sem o devido recolhimento de tributos.
Mozaquatro foi solto por determinação do Supremo Tribunal Federal. A defesa conseguiu o habeas corpus com base nas alegações de ausência de justa causa para a prisão preventiva e excesso de prazo o empresário estava detido havia mais de um ano. Ele não é mais o administrador dos bens da empresa, que passa por processo de recuperação judicial, e os bens não podem ser alienados, disse Alberto Toron, advogado de Mozaquatro.
Em Fernandópolis, as instalações do Frigorífico Mozaquatro, pertencente ao empresário, foram arrendadas, com autorização da Justiça Federal, à IFC International Food Company que possui atualmente cerca de 650 funcionários.