Ainda dá tempo

20 de Agosto de 2025

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Ainda dá tempo
Vereadores de Fernandópolis só apresentaram 35 projetos entre 1º de janeiro e 30 de outubro, contra 85 da prefeita Ana Bim



Os vereadores que quiserem melhorar sua performance na propositura de projetos na Câmara Municipal em 2007 ainda têm tempo – mais precisamente, até meados de dezembro, quando se inicia o recesso parlamentar.



Até agora, os dez vereadores só apresentaram 35 projetos – média de 3,5 cada um. José Carlos Zambon foi quem apresentou o maior número: sete. Em seguida, vêm Alaor Pereira Marques, Etore Baroni e Francisco Affonso de Albuquerque, com cinco cada. Maiza Rio e Enfermeiro Manoel apresentaram quatro projetos; Warley Luiz Campanha de Araújo, três; Ademir de Jesus Almeida e Milton Bortoleto, apenas um, enquanto que Pedro Ribeiro de Toledo Filho não apresentou qualquer projeto em 2007, até agora.



O vereador Bortoleto pelo menos pode se gabar de ter proposto o projeto mais polêmico da temporada. Seu “filho único legislativo” propunha que o Paço Municipal passasse a se chamar “Massanobu Rui Okuma”. A prefeita vetou, sob a alegação de que o prenome “Rui” não existe na certidão de nascimento do falecido ex-prefeito. A Câmara, porém, depois de muita discussão, derrubou o veto de Ana Bim.



Apesar de ser o recordista até o momento, Zambon acredita que “não é a quantidade, e sim a qualidade dos projetos que importa”. Para o vereador, um bom projeto é aquele que, uma vez convertido em lei, melhora a qualidade de vida da comunidade ou de parte dela.





ELEIÇÕES

Curiosamente, os piores resultados estatísticos ficaram com a turma que votou favoravelmente ao projeto de Lei que aumentou os salários dos vereadores da próxima Legislatura (a partir de janeiro de 2009, cada vereador de Fernandópolis receberá mensalmente R$ 3,8 mil).



Milton Bortoleto, Maiza Rio, Etore Baroni, Pedro de Toledo e Warley Campanha, autores desses cinco votos, só apresentaram 13 projetos nos últimos dez meses. Já os quatro colegas que votaram contra o aumento (Zambon, Chico, Alaor e Manoel) apresentaram 21 projetos. O presidente Ademir de Almeida (um projeto) não votou naquele dia.



A se considerar que a esmagadora maioria pretende retornar à Câmara em 2009 – até aqui, apenas Francisco Albuquerque disse que se afastará da política – a atuação parlamentar da Câmara em 2007 foi bastante discreta.



Há quem atribua o fato às longas e complicadas negociações com a Sabesp, para a renovação do contrato de prestação de serviços. Por outro lado, excetuando-se Zambon e Alaor, que têm possibilidades de disputar os cargos de prefeito ou vice-prefeito, todos os sete vereadores restantes são candidatos naturais e assumidos à reeleição.



Assim, não custa aos nobres parlamentares municipais correr a cidade, ouvir a comunidade, levantar problemas e propor soluções. No próximo dia 6, haverá a primeira sessão ordinária de novembro. Serão seis sessões, antes do recesso em 22 de dezembro. Ainda há tempo.