Vereadores de Fernandópolis só apresentaram 35 projetos entre 1º de janeiro e 30 de outubro, contra 85 da prefeita Ana Bim
Os vereadores que quiserem melhorar sua performance na propositura de projetos na Câmara Municipal em 2007 ainda têm tempo mais precisamente, até meados de dezembro, quando se inicia o recesso parlamentar.
Até agora, os dez vereadores só apresentaram 35 projetos média de 3,5 cada um. José Carlos Zambon foi quem apresentou o maior número: sete. Em seguida, vêm Alaor Pereira Marques, Etore Baroni e Francisco Affonso de Albuquerque, com cinco cada. Maiza Rio e Enfermeiro Manoel apresentaram quatro projetos; Warley Luiz Campanha de Araújo, três; Ademir de Jesus Almeida e Milton Bortoleto, apenas um, enquanto que Pedro Ribeiro de Toledo Filho não apresentou qualquer projeto em 2007, até agora.
O vereador Bortoleto pelo menos pode se gabar de ter proposto o projeto mais polêmico da temporada. Seu filho único legislativo propunha que o Paço Municipal passasse a se chamar Massanobu Rui Okuma. A prefeita vetou, sob a alegação de que o prenome Rui não existe na certidão de nascimento do falecido ex-prefeito. A Câmara, porém, depois de muita discussão, derrubou o veto de Ana Bim.
Apesar de ser o recordista até o momento, Zambon acredita que não é a quantidade, e sim a qualidade dos projetos que importa. Para o vereador, um bom projeto é aquele que, uma vez convertido em lei, melhora a qualidade de vida da comunidade ou de parte dela.
ELEIÇÕES
Curiosamente, os piores resultados estatísticos ficaram com a turma que votou favoravelmente ao projeto de Lei que aumentou os salários dos vereadores da próxima Legislatura (a partir de janeiro de 2009, cada vereador de Fernandópolis receberá mensalmente R$ 3,8 mil).
Milton Bortoleto, Maiza Rio, Etore Baroni, Pedro de Toledo e Warley Campanha, autores desses cinco votos, só apresentaram 13 projetos nos últimos dez meses. Já os quatro colegas que votaram contra o aumento (Zambon, Chico, Alaor e Manoel) apresentaram 21 projetos. O presidente Ademir de Almeida (um projeto) não votou naquele dia.
A se considerar que a esmagadora maioria pretende retornar à Câmara em 2009 até aqui, apenas Francisco Albuquerque disse que se afastará da política a atuação parlamentar da Câmara em 2007 foi bastante discreta.
Há quem atribua o fato às longas e complicadas negociações com a Sabesp, para a renovação do contrato de prestação de serviços. Por outro lado, excetuando-se Zambon e Alaor, que têm possibilidades de disputar os cargos de prefeito ou vice-prefeito, todos os sete vereadores restantes são candidatos naturais e assumidos à reeleição.
Assim, não custa aos nobres parlamentares municipais correr a cidade, ouvir a comunidade, levantar problemas e propor soluções. No próximo dia 6, haverá a primeira sessão ordinária de novembro. Serão seis sessões, antes do recesso em 22 de dezembro. Ainda há tempo.