Da decisão que o Supremo Tribunal Federal (STF) tomará nesta quarta-feira, 3, sobre a questão da fidelidade partidária, depende o futuro de milhares de parlamentares federais, estaduais e municipais por todo o Brasil. Dentre ele, quatro vereadores de Fernandópolis.
Ocorre que os partidos políticos que estavam tendo seus quadros reduzidos por conta das mudanças dos deputados e vereadores, ingressaram na Justiça para tentar fazer valer a tese de que o mandato pertence ao partido, não ao seu titular.
Os nomes que estão na berlinda em Fernandópolis: Alaor Pereira Marques, que deseja disputar a prefeitura no próximo ano, saiu do PFL, onde não cabiam ele e Luiz Vilar, também candidato a candidato. Alaor foi para o PSB, a convite do deputado Valdomiro Lopes.
Ademir de Almeida, do PMDB, valeu-se da sigla para se eleger vereador. Contudo, quando vislumbrou a possibilidade de chegar à presidência do Legislativo cargo que ocupa atualmente, ele não pestanejou em se mudar de armas e bagagem para o PP de Vadão Gomes, a quem apoiou nas últimas eleições.
O enfermeiro Manoel Sobrinho Neto Junior carregou a estrela vermelha no peito na campanha em que foi eleito. Porém, o canto do cisne de Vilar o seduziu, e Manoel, que hoje é professor da FEF, deixou o PT para filiar-se ao DEM, partido que sucedeu o PFL.
Finalmente, há o caso de José Carlos Zambon, que se elegeu vereador pelo PL em 2004 e por esse partido disputou vaga à Assembléia em 2006. O PL virou PR, e agora, por divergência com Waldemar Costa Neto, Zambon - candidato declarado à reeleição na Câmara se não disputar a prefeitura também corre o risco da degola.
Consta que Costa Neto ficou insatisfeito com a dobradinha que ele e Zambon fizeram no ano passado. Enquanto Zambon teve mais de 10 mil votos em Fernandópolis, Costa Neto teve apenas oito votos no município.