Ao fazer um aparte ao assessor municipal Maurílio Saves, que usava a tribuna livre da Câmara Municipal, durante a sessão de terça-feira, o vereador Alaor Pereira Marques (PSB) não esperava a reação que se seguiu.
Os sabespianos que foram ao Palácio 22 de maio acompanhar a votação do Projeto de Lei que autoriza a renovação do contrato entre a prefeitura e a sabesp vaiaram o vereador, que a princípio ficou estático. Em segundos, porém, Alaor recuperou o autocontrole e bradou: Eu estou no meu local de trabalho!. Em seguida, Alaor pediu que a atitude da platéia constasse em ata e que o presidente Ademir de Almeida fizesse valer o Regimnento Interno.
O presidente explicou aos presentes que a platéia não pode se manifestar, sob pena da evacuação do recinto. A partir daí, os presentes se calaram, mas o clima ficou pesado, pois algumas pessoas sabiam de antemão que o projeto não seria votado por questões técnicas (leia nota acima).
Quando os vereadores começaram a debater os projetos (o da Sabesp era o primeiro na Ordem do Dia), o assessor jurídico Ricardo Franco de Almeida conseguiu dominar a situação com uma argumentação irrespondível: Temos que ter responsabilidade, esse contrato valerá por 30 anos. Daqui a 30 anos, eu estarei no cemitério, e muitos de vocês estarão comigo. O que nossos filhos pensarão da decisão que tomamos hoje?.
A partir daí, a platéia permaneceu totalmente calada. Quando se confirmou o adiamento da votação, lentamente os funcionários da Sabesp começaram a deixar o plenário.