Professores da rede estadual fazem manifestação para reivindicar aumento salarial e mais atenção dos governantes

20 de Agosto de 2025

Compartilhe -

Professores da rede estadual fazem manifestação para reivindicar aumento salarial e mais atenção dos governantes
Os professores da rede pública estadual de ensino fazem hoje uma paralisação. Não há aulas nas escolas de todo estado, inclusive em Fernandópolis.

Os professores se reunirão em São Paulo, na Praça da Sé, às 13h, para acentuar a manifestação. A paralisação visa conseguir principalmente melhorias salariais, mas também combater outros problemas da escola como a violência que tem se evidenciado em vários casos.

Segundo Wilson Frazão, presidente da APEOESP, a manifestação servirá como meio de negociação com o Estado, caso não seja atendido, a greve é inevitável.

O presidente disse que saiu quatro ônibus com professores da região rumo a São Paulo e que cerca de 80% dos professores aderiram a paralisação de ontem.

Os professores alegam que nos últimos 20 anos, a escola pública nunca esteve no centro das prioridades dos governos que passaram por São Paulo. Eles citam a violência escolar, a desvalorização dos profissionais, e a falta de infra-estrutura nas escolas como um desrespeito que atinge a classe sendo fruto de sucessivas políticas equivocadas. Eles ainda alegam que os trabalhadores da Educação estão há dois anos sem reajuste salarial e criticam a política de gratificações, bônus e abonos que segundo eles está prejudicando a carreira dos profissionais. Reivindicam ainda a data-base do funcionalismo que é no dia 1.º de março, mas que segundo os órgãos do professorado até agora o governo não acenou com qualquer proposta ou mesmo abertura para negociações.

Quanto ao ambiente de trabalho, os educadores protestam por conta das salas de aula que dizem continuar superlotadas principalmente nos grandes centros. A classe acredita que só a união e mobilização poderá pressionar o Governo do Estado e reverter o atual quadro. Os trabalhadores da educação exigem reajuste salarial, respeito à data-base; piso-salarial do Dieese que era de R$1,626,56 em junho; extensão e incorporação de gratificações e bônus aos aposentados; máximo de 35 alunos por sala, dentre outros pontos.
A Campanha Salarial 2007 – Unificada, nome dado ao movimento, recebe o apoio de diversos órgãos ligado ao professorado: Sindicato dos Funcionários e Servidores da Educação, Associação de Professores Aposentados do Magistério Público do Estado de São Paulo, Sindicato de Supervisores do Magistério no Estado de São Paulo, Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, Centro do Professorado Paulista e Sindicato de Especialistas de Educação do Magistério Oficial do Estado de São Paulo.

As seis entidades do Magistério envolvidas na Campanha Salarial Unificada reuniram-se, nos últimos meses, para preparar as ações da segunda fase da Campanha. O ato público desta sexta-feira deve ser o maior já realizado para a campanha salarial. Também foi preparado material informativo da manifestação, como cartas aos pais e aos profissionais, relacionando os principais motivos do movimento, além do material de divulgação produzido, como cartazes e coletes da campanha que os profissionais estiveram vestindo já na semana anterior ao ato.