Volta às aulas aquece setor econômico

20 de Agosto de 2025

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Volta às aulas aquece setor econômico
A volta às aulas não é só sinônimo de dupla jornada, responsabilidade, provas e trabalhos; é também a chance de rever os amigos, pôr a fofoca em dia e matar saudades. Para os recém-chegados à cidade, a expectativa é ainda maior. É o momento de conhecer a faculdade, professores, colegas de classe e a cidade em que passarão os próximos quatro ou cinco anos da vida.

Fernandópolis - que se tornou um polo universitário, com média de 12 mil estudantes nos cursos superiores, volta a receber jovens da região e de outros estados, gerando demanda em praticamente todos os setores - entre eles, o imobiliário, o de serviços e de alimentação.

Mesmo sem ter como quantificar esses dados, o presidente da Associação Comercial e Industrial de Fernandópolis (ACIF), Carlos Takeo Sugui, afirma: os universitários mantêm a economia da cidade acesa.

Todo ano é sempre a mesma história: enquanto os estudantes aguardam com ansiedade pelo período de férias, para os comerciantes, janeiro, julho e dezembro são meses em que não há muito a comemorar. O faturamento despenca e, por vezes, as contas não são fechadas no azul. Essa sazonalidade obriga empresários e prestadores de serviço a planejar as ações de olho no calendário das instituições de ensino superior.

Para o empresário do setor de combustíveis Luiz Cláudio Barros, a partir desta semana o comércio começa a dar os primeiros sinais de reaquecimento com o início das aulas. “Nosso movimento tem uma redução significativa quando os estudantes vão embora. Até o setor de conveniência cai. Com os alunos voltando das férias o comércio começa a se aquecer aos poucos novamente”, disse Luiz.

O mesmo declara o proprietário de um restaurante da cidade, Celso Donizete Rola, mas com uma ressalva: não são apenas os alunos que movimentam a cidade; os professores também. “No meu caso, o movimento maior vem dos professores que vêm das cidades vizinhas. Quando entra o período de férias o movimento cai 20%”, afirmou Celso.

Até mesmo o setor de odontologia é afetado nesse período. De acordo com os ortodontistas Fernando e Marilande Lyra, nesta época os pacientes dizem “adeus” ao tratamento.

“O atendimento cai nos meses em que os estudantes entram de férias, eles param o tratamento durante e só retomam depois que voltam à rotina normal. Sentimos falta deles no consultório nesse período”, disseram Fernando e Marilande.

Desde a última segunda-feira, 2, quando começaram as aulas, o comércio de Fernandópolis voltou a ficar movimentado, dando à cidade, novamente, o seu aspecto de cidade universitária.