Aniversário raiz tem que ter bolo de festa feito em casa

Compartilhe -

Aniversário raiz tem que ter bolo de festa feito em casa

Na próxima semana, mais precisamente quarta-feira, 15, esta colunista que vos fala irá apagar as velinhas e, como o assunto aqui é comida, uma data bem propícia para falarmos de bolo de aniversário! Quem me conhece sabe o quanto sou festeira e sempre gostei de comemorar meus aniversários, independentemente da idade, viu! E, algumas vezes eu mesma fiz questão de preparar meu próprio bolo.

Hoje, as festas de aniversário principalmente das crianças estão muito mais modernas e a facilidade de encontrar praticamente tudo pronto ou uma assessoria que ajude em toda a organização, facilitou a vida das mamães. Mas nem sempre foi assim. Na minha infância era difícil encontrar uma confeitaria. No máximo, tinha a padaria que fazia os bolos e doces mas, na época, era muito caro, então a mamis era quem preparava quase tudo.

O cardápio oficial dos meus aniversários e das minhas irmãs era: bolo, guaraná, cachorro quente e salgadinho. Ah! Tinha a cervejinha e amendoim para os mais velhos também! O bolo minha mãe quem fazia, mas eu sempre estava ali do lado ajudando e pentelhando, claro! Ele era feito na assadeira retangular e para rechear lembro dela cortar a massa com uma linha de costura! Uma técnica infalível, que uso até hoje. Os recheios iam de brigadeiro, creme branco com pêssegos até doce de leite com ameixa. Confesso que esses com frutas sempre foram os meus favoritos. Mas antes de colocar o recheio mamis molhava a massa com guaraná Simba quente. Era minha parte preferida do processo e o resultado era maravilhoso!  A cobertura geralmente era um chantilly ou maria mole com confeito, que era a minha favorita! Detalhe, a base do bolo, que hoje é uma bandeja de mdf xiketosa, na época minha mãe usava o fundo de uma assadeira embrulhada com papel alumínio. E não é que já dava até uma altura para o bolo?

Foto: Receitas Nestlé

Outro bolo que também era muito tradicional, principalmente quando a festa tinha muitos enfeites na mesa era o bolo gelado, que vinha embrulhado no papel alumínio e ficava na geladeira até acabar o parabéns. E, óbvio que a falta do bolo à mesa era sentida e o povo perguntava: “Mas não vai ter bolo?”. E quando a mamis aparecia com os embrulhinhos era só alegria e todo mundo queria um a mais para levar para a mãe. Quem nunca? O bolo gelado nada mais é que a famosa toalha felpuda, um pão de ló regado com leite condensado, leite de coco e coberto com coco ralado. Deu água na boca né?

O gosto de preparar bolos me acompanhou durante toda a minha vida e no meu aniversário de 30 anos, reuni os amigos na casa dos meus pais para o “Boteco da Gi” e fiz questão de preparar todos os detalhes igual minha mãe fazia. Inclusive meu bolo, que gera discussões até hoje entre meus amigos que duvidaram da minha autoria. Fiz um naked cake de brigadeiro com morango, que confesso, ficou mais gostoso que bonito! Até porque, nunca fui expert na arte de confeitar. Gostava mesmo de colocar a mão na massa. Depois disso ainda fiz outros bolos de aniversários até que um dia desejei um bem confeitadão e bacanudo. Fui e encomendei! (risos)

O tempo passou e os bolos mudaram e se modernizaram. Hoje temos em Fernandópolis confeitarias incríveis com bolos de todos os tipos, tamanhos e modelos. Tudo para a alegria e felicidade de mamães. Mas fica a sugestão de fazer uma festa de aniversário raiz, com o bolo feito com a ajuda das crianças. Tenha certeza que essas memórias e momentos jamais serão esquecidos, assim como tenho as minhas até hoje.