A comida afetiva nem precisa ser uma receita tradicional de família para trazer boas memórias. Mas sim, um momento, um cheiro, um lugar e, principalmente, o amor. A gastronomia afetiva está longe de ser uma receita sofisticada e, nem sempre será encontrada em restaurantes renomados. Trata-se daquele prato que ao experimentar é possível associá-lo, de imediato, a uma memória. É aquela comida que dá aquele abraço gostoso quando sentimos o gosto.
Confesso que no meu dia-a-dia costumo preparar muitas comidas afetivas. Sabe aquele básico que lembra comida de mãe? Tipo arroz, feijão cozido na hora e um ovo frito? Eu amo! E carne de panela com batata? Eita, que não existe combinação melhor. E aquela maravilhosa lasanha do almoço de domingo? Para mim, não precisa de mais nada.
Apesar de estar longe de ser uma comida sofisticada, é possível sim deixar uma comida afetiva com um toque de “glamour”. Um exemplo é a carne de panela, ao invés de usar o músculo, que na minha opinião fica perfeito, experimente fazer uma fraldinha na pressão com batatas. Fica simplesmente um escândalo de maravilhosa. E, se sobrar, é só desfiar que vira uma carne louca perfeita para comer com pão francês.
Outro prato que resgata memórias afetivas muito boas dos almoços familiares aos domingos é a lasanha. Na casa da minha mãe sempre fizemos a tradicional lasanha bolonhesa com molho vermelho, carne moída, presunto e queijo. Hoje gosto de inventar moda. Dia desses fiz lasanha de frango desfiado com molho de tomate, molho branco, presunto e queijo. Sim, ficou perfeita e com gostinho de afeto.
Há também aquelas comidas afetivas que fazemos para satisfazer um desejo de alguém da nossa família e, quando isso acontece, a carga de amor é ainda maior. Durante as minhas férias fiquei uns dias na casa da minha irmã e ela disse que estava com vontade de comer carne seca na cabotiã. Detalhe, utilizei a carne que a sogra dela trouxe do nordeste. É um trabalho mais demorado, demanda dedicação para dessalgar a carne e cozinhar a cabotiã, mas, o resultado é magnífico! Refoguei a carne desfiada com a cabotiã e na hora de montar coloquei em camadas intercalando com queijo. Depois foi só para o forno gratinar e ficou um espetáculo que bom.
Agora, se tem uma receita aprendi desde criança é o bolo. Esse é bem tradicional e minha família tem várias receitas como o bolo que cresce e fica gigante da vó Zeferina ou o bolo de cenoura na vó Tonha. Desde que me entendo por gente gosto de fazer bolo e comer ele bem quentinho. Hoje, os meus preferidos são esses feitos em forma de buraco, bem caseiros e com gostinho de café da tarde com a família.
A receita de um doce que lembra muito minha mãe, é o pavê. Ela fazia sempre em ocasiões especiais quando era criança. Aliás, mamis, poderia fazer para matar a saudade, né?
Ingredientes
Cobertura
3 claras
meia xícara (chá) de açúcar
1 lata de creme de leite
Creme
3 gemas
1 leite moça (lata ou caixinha) 395 g
1 medida (da lata) de leite
meia colher (sopa) de amido de milho
Montagem
1 xícara (chá) de água
1 pacote de biscoito tipo champanhe
50 g de chocolate nestlé meio amargo, em raspas
Açúcar de confeiteiro para polvilhar
Modo de Preparo
Cobertura
1. Em uma panela, misture as claras e o açúcar e leve ao fogo baixo, mexendo vigorosamente sem parar, por cerca de 3 minutos, tirando a panela por alguns instantes a cada minuto, continuando a mexer para não cozinhar.
2. Transfira para uma batedeira e bata até dobrar de volume. Acrescente delicadamente o creme de leite. Reserve.
Creme
3. em uma panela, leve ao fogo baixo as gemas, o leite moça, o leite ninho e o amido de milho, mexendo até engrossar.
4. deixe esfriar e reserve.
Montagem
Molhe os biscoitos no leite com açúcar e vá colocando no fundo do pirex. Adicione o creme e finalize com a cobertura. Agora é só esperar gelar.