Com 500 pacientes em tratamento, Cadip disponibiliza estrutura de atendimento
A campanha “Dezembro Vermelho”, dedicada à conscientização sobre o HIV/Aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), ganha destaque em Fernandópolis com ações promovidas pela Prefeitura, por meio do CADIP (Centro de Atendimento a Doenças Infecto-Parasitárias). O local oferece atendimento integral, com testes rápidos gratuitos, acompanhamento especializado e medicamentos modernos para o tratamento do HIV.
Durante palestra realizada nesta segunda-feira (1º) para servidores municipais, o médico infectologista Márcio César Reino Gaggini, responsável pelo CADIP, reforçou a importância de manter o tema em evidência.
“A Aids não acabou e é preciso continuar com o trabalho preventivo para combater a transmissão, a discriminação e proporcionar tratamento adequado aos portadores do vírus HIV”, alertou.
Atualmente, cerca de 500 pacientes estão em tratamento na rede pública de Fernandópolis, recebendo terapia antirretroviral. Contudo, estima-se que parte da população ainda conviva com o vírus sem saber. Por isso, a Prefeitura incentiva a realização de testagem rápida.
“Quanto mais cedo o paciente souber que é portador do vírus, mais fácil e eficaz será o tratamento”, destacou Gaggini.
Com longa experiência na área, o médico relembra o passado com tratamentos complexos e medicamentos que causavam fortes efeitos colaterais, como o AZT. Segundo ele, a realidade atual é muito mais confortável.
Hoje, a carga viral pode ser controlada com apenas dois comprimidos diários, com efeitos colaterais mínimos e alta eficácia.
NOVAS ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO
Além do tratamento para pessoas já diagnosticadas, o CADIP divulga métodos modernos de prevenção, como:
PEP (Profilaxia Pós-Exposição): indicada após uma situação de risco, deve ser iniciada em até 72 horas e mantida por 28 dias.
PrEP (Profilaxia Pré-Exposição): uso diário de medicamento por pessoas com maior risco de exposição ao vírus, reduzindo drasticamente as chances de infecção.
Novidade na área, um medicamento injetável de dose única mensal deve ser disponibilizado em breve, oferecendo mais comodidade e estimulando a adesão à prevenção.
FIM DO PRECONCEITO
Os grupos mais vulneráveis continuam sendo pessoas que mantêm relações sexuais sem proteção, usuários de drogas que compartilham seringas e profissionais de saúde envolvidos em acidentes com material contaminado.
Para além da assistência médica, o combate ao preconceito segue como um dos principais desafios. O CADIP ressalta que apoio familiar e acolhimento social são fundamentais para a qualidade de vida dos pacientes.
A instituição reforça que informação, respeito e empatia são pilares essenciais na luta contra o HIV/Aids.
Para orientações e atendimentos, o CADIP disponibiliza o telefone: (17) 3442-7733.
