Reservatório da Usina de Água Vermelha segue com nível abaixo de 30%
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a manutenção da bandeira tarifária vermelha patamar 1 para o mês de novembro. O indicador, que já estava em vigor em outubro, significa um acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos nas contas de energia elétrica.
De acordo com a Aneel, o cenário continua desfavorável para a geração hidrelétrica no país, em razão do baixo volume de chuvas e da redução nos níveis dos reservatórios. Para garantir o abastecimento de energia, é necessário o acionamento de usinas termelétricas, cuja produção tem custo mais alto — fator que justifica a manutenção da bandeira vermelha.
Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias tem o objetivo de informar mensalmente os consumidores sobre as condições de geração de energia no Brasil. O mecanismo sinaliza se o custo de produção está mais elevado ou se o cenário é favorável. Antes da adoção do modelo, o impacto dos custos só era percebido nos reajustes anuais. Agora, com a informação atualizada mensalmente, cada família pode ajustar o consumo e buscar economizar, reforça a Aneel.
Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o subsistema Sudeste/Centro-Oeste opera atualmente com 44% da capacidade de armazenamento dos reservatórios. No Sistema Grande, que reúne quatro usinas, a Usina de Água Vermelha apresenta o menor índice, com 26,6% do volume útil. Apesar de o percentual ainda ser baixo, o nível atual é superior ao registrado em 2021, quando a usina operava com apenas 11,2%. Já Ilha Solteira, localizada no rio Paraná, tem 63% de volume útil.
A Aneel recomenda que os consumidores mantenham práticas de uso consciente da energia, evitando desperdícios e reduzindo o impacto das tarifas mais altas neste período de maior custo de geração.