O caminhoneiro Aureliano Antônio Messias, de 58 anos, prestou novo depoimento à Polícia Civil sobre o acidente que causou a morte do advogado Gláucio Rogério Gonçalves Gouveia, em 20 de agosto, na rodovia Washington Luís, em São José do Rio Preto. Ele reafirmou que não dormiu ao volante e alegou falha nos freios do caminhão-tanque que dirigia, carregado com ácido sulfúrico.
Segundo o delegado Marcelo Ferrari, responsável pelo caso, imagens do sistema de monitoramento interno do caminhão indicam que Aureliano teria adormecido, o que resultou na colisão com um carro que foi prensado contra outro caminhão. A vítima morreu no local.
O motorista alegou ter parado para o almoço entre 11h30 e 12h30 e teria nova pausa programada para 17h40 — o acidente ocorreu por volta das 16h30.
Ele afirmou ainda fazer uso de medicamentos para pressão arterial e diabetes, mas negou uso de remédios controlados que afetem a atenção.
A investigação aguarda o laudo pericial sobre o sistema de freios do caminhão para ser concluída. Para o delegado, o caso caminha para ser enquadrado como homicídio culposo na direção de veículo, ou seja, sem intenção de matar, mas por possível negligência.
O crime está previsto no artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro e pode resultar em pena de 2 a 4 anos de detenção, além da suspensão da CNH.