O procedimento ocorreu pela terceira vez na Santa Casa de Fernandópolis. A coleta de células-tronco extraídas do cordão umbilical ocorreu durante um parto cesariano conduzido pelo médico Marcelo Bortoleto, com a participação da enfermeira obstetra Márcia Samartino e da equipe do Centro Cirúrgico do hospital.
A coleta seguiu as diretrizes do treinamento oferecido pela Cordvida, empresa especializada no armazenamento de material biológico.
A decisão dos pais de armazenar as células-tronco do bebê reflete a segurança que esse recurso pode proporcionar no futuro, aumentando as chances de sucesso em caso de necessidade de transplante.
“O sangue do cordão umbilical é rico em células-tronco hematopoiéticas, que possuem a capacidade de regenerar o sistema sanguíneo. Por isso, são fundamentais no tratamento de doenças como leucemias, linfomas, anemia falciforme, entre outras enfermidades hematológicas”, explica Bortoleto
O procedimento garante 100% de compatibilidade com o filho e pode ser utilizado para tratar irmãos ou outros parentes próximos.
As células-tronco têm a capacidade de se diferenciar em diversos tipos celulares e de reparar tecidos danificados, sendo essenciais no tratamento de doenças e na recuperação de lesões. A coleta do cordão umbilical é um procedimento simples e indolor, realizado logo após o nascimento, sem causar desconforto à mãe ou ao bebê. O material é preservado com o uso de crioprotetores, que protegem as células durante o congelamento a -196 °C, garantindo a sua viabilidade por pelo menos duas décadas.