Após a onda de queimadas, a região noroeste ganha reforço na ação de combate. A Polícia Federal e dois helicópteros do exercito
O combate à onda de queimadas na região de Rio Preto ganhou dois grandes reforços: a Polícia Federal (PF) para investigar as causas do fogo e dois helicópteros do Exército vão para auxiliar na extinção dos incêndios.
As delegacias da Polícia Federal de Jales e de Rio Preto já foram acionadas. A missão é descobrir se os incêndios foram criminosos. Entre sábado e segunda-feira, duas pessoas foram detidas por suspeita de provocar incêndios em Jales e Rio Preto.
A entrada da PF nas ocorrências se dá porque é responsabilidade dela apurar incêndios que interfiram no funcionamento de voos, como ocorreu no sábado no Aeroporto de Rio Preto, com pousos e decolagens suspensas devido à baixa visibilidade.
Para investigar os incêndios, a PF utilizará o suporte de imagens de satélites, disponibilizadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, possibilitando a identificação dos focos e a determinação das causas dos incêndios.
O combate às queimadas na região de Rio Preto contará com dois helicópteros do Exército dotados de equipamentos com capacidade de jogar até 700 litros de água nos focos. “O governo de São Paulo, numa articulação com o governo federal, obteve apoio das Forças Armadas. Eles estão nos apoiando com aeronaves, dois helicópteros de grande porte e o avião modelo KC-390”, explica o major Cassius José de Oliveira, comandante interino da Polícia Ambiental na região de Rio Preto ao jornal Diário da Região de Rio Preto.
Os dois helicópteros e o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) ficam temporariamente em Ribeirão Preto, porque também vão atuar no combate aos incêndios naquela região. O major Cassius integra o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Defesa Civil, montado de forma emergencial pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). O CGE está em monitoramento 24 horas na região de Rio Preto, sobre o risco de incêndios em Monte Azul Paulista, Nova Granada, Paulo de Faria, Poloni, Ubarana e Urupês - cidades que estavam em alerta máximo de incêndio.
Apesar da chuva registrada no final de semana, cerca de 12 milímetros em Fernandópolis, a situação ainda é preocupante, já que após a onda de frio, o tempo voltará a esquentar já com previsão de temperaturas de até 36 graus no final de semana. O quadro segue favorável a novas queimadas.
Segundo dados, o estado de São Paulo registrou queimadas em 200 dos 645 municípios entre a quinta-feira, 22, e o sábado, 24, revelam dados detalhados do INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Foram 2.621 focos nesses três dias, mais que o registrado em todo o ano de 2023: 1.666 focos. Nessas 72 horas, o número de focos foi 57% maior que todas as queimadas registradas somadas entre 2022 e 2023. Foram 3.482 incêndios, e metade deles na sexta-feira — dia com mais de um foco por minuto no estado e recorde de fogo em 24 horas.
