Inverno começou na quinta-feira, agravado com estiagem que já dura mais de dois meses
O outono que terminou anteontem, quinta-feira, 20, às 17h50, apresentou uma peculiaridade. Foi o mais chuvoso dos últimos 10 anos, mas terminou acumulando uma estiagem de mais de 60 dias. Esse contraste, evidenciou uma estação desequilibrada.
O período entre 20 de março e 15 de abril, acumulou toda a chuva da estação: 344,41 milímetros (174,75 mm em março e 169,66 mm em abril). Após esse período, a torneira secou e Fernandópolis entrou no inverno acumulando mais de 60 dias sem registro de chuva.
Ao longo dos últimos 10 anos, a chuva no outono oscilou (veja gráfico). Em 2021, por exemplo, choveu apenas 70,87 milímetros, mas ela foi distribuída de forma equilibrada entre os meses de abril (38 mm), maio (11 mm) e até junho (11 mm). Em 2016, com acumulado de chuva de 242 mm, o mês de junho registrou índice de 71 mm.
Assim, o outono de 2024 entra para a estatística como o mais chuvoso dos últimos dez anos nos primeiros 25 dias e o mais seco nos últimos 60 dias.
No período, apenas uma frente fria chegou à região com mais intensidade. No dia 29 de maio a Estação do Ciiagro – Centro de Integração e Informações Agrometereológicas – registrou a menor temperatura do ano 9,1 graus durante a madrugada. O período também teve ondas de calor com temperaturas de até 34°.
Com o agravamento do período de estiagem e baixa umidade relativa do ar, aumentam os riscos de grandes incêndios. Na quinta-feira, 20, um bambuzal aos fundos da Casa de Portugal, na divisa com o bairro Cecap, assustou moradores e colocou em risco dois ônibus que estavam estacionados na Rua Maria Nubiato.
De acordo com a meteorologia, a região deve continuar tempo seco e calor no inverno, com temperaturas mais frias durante a madrugada, ou seja, o veranico que atinge a região nesta troca de estação, deve continuar.
A variação média da temperatura predominante deve ser de 15ºC a 31°C, com chance dessa máxima ser ultrapassada em alguns dias. Sobre as ondas de calor, meteorologistas afirmam que a tendência é grande de ocorrerem no final do inverno, entre o final de agosto e setembro, mas ele não descarta a possibilidade de ocorrência nos meses de julho e agosto.
