A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu, por unanimidade, manter a proibição da fabricação, importação e comercialização de cigarros eletrônicos, também conhecidos como vapes.
Os cinco diretores da agência votaram para aprovar uma resolução que confirma a proibição do produto no País. O relator da proposta na agência e presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, fechou ainda mais o cerco contra os cigarros eletrônicos.
O aroma, o sabor e o formato dos cigarros eletrônicos podem até ser diferentes dos convencionais, mas os riscos à saúde são os mesmos. Ainda que esteja disfarçado de algo recreativo, o cigarro eletrônico também é derivado do tabaco e, por isso, causa a inalação de monóxido de carbono, alcatrão e tantas outras substâncias prejudiciais ao organismo. Além disso, pode conter nicotina, uma droga que causa vício e morte, dependendo do fabricante.
Os principais riscos do consumo do cigarro eletrônico são o surgimento de câncer, doenças respiratórias e cardiovasculares, como infarto, morte súbita e hipertensão arterial. Há, ainda, a possibilidade de contrair a doença pulmonar chamada Evali, sigla em inglês para lesão pulmonar associada ao uso de produtos de cigarro eletrônico. Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), os principais sintomas são tosse, dor torácica e dispneia, além de dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia, febre, calafrios e perda de peso.
O uso do aparelho pode ainda aumentar as chances de uma crise de angina, caracterizada por uma dor torácica provocada pela falta de sangue que acomete o músculo cardíaco. Essa doença é normalmente associada a problemas que causam obstrução nas artérias que levam sangue ao coração. São sintomas desse problema dores e desconforto no peito. Outro problema que pode ser desencadeado é a arritmia, um distúrbio que causa a sensação de que os batimentos cardíacos do coração estão fora de ordem.