Fernandópolis já instala mais de 120 unidades de energia solar por mês

20 de Agosto de 2025

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Fernandópolis já instala mais de 120 unidades de energia solar por mês

Fernandópolis fechou o primeiro bimestre (janeiro e fevereiro) com 246 novas unidades geradoras de energia solar instaladas, média de 123 unidades por mês, ou 4,1 por dia. Esse número é praticamente o dobro da média de unidades instaladas em 2023 (65 por mês e 1,9 por dia).

Os números são registrados em tempo real no painel da Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica. A expansão da energia solar em Fernandópolis e no Estado levou o São Paulo a assumir em fevereiro a liderança do ranking nacional ultrapassando Minas Gerais.

A expansão é atribuída a duas medidas estimuladoras adotadas no ano passado pelo governo do Estado que alteraram a incidência do ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - sobre minigeradores, microgeradores, células, painéis e equipamentos de aquecimento solar de água para estimular a GD no estado. “Com isso, estamos conseguindo imprimir e sustentar esse ritmo”, completa Natália Resende, que comanda secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística.

“Anunciamos o Plano Estadual de Energia 2050, um instrumento de planejamento que mostra que São Paulo é o lugar certo para investimentos em projetos de transição energética rumo a uma economia de carbono zero”, acrescenta a secretária.

Se São Paulo assumiu a liderança do ranking nacional, Fernandópolis está em uma curva ascendente nos últimos dez anos, conforme pode ser visto no gráfico que ilustra a matéria. A cidade saiu de 2 unidades em 2015 para 2.603 até 28 de fevereiro.

Até 2020, a cidade tinha 448 unidades instaladas. De 2021 até o último dia 28 de fevereiro, a cidade ganhou mais 2.156 minigeradores ou microgredores de energia solar, um salto de 482%.

Quando se olha para o gráfico da energia solar produzida nestas usinas, verifica-se que o crescimento entre 2020 até agora foi 371%, passando 4,6 mil quilowatts para 22 mil quilowatts.

O setor residencial é quem impulsiona a expansão da energia solar. São 2.171 unidades instaladas nos telhados de moradias na cidade. Depois aparecem o comércio (291), setor rural (101) e indústria com apenas 38 unidades.

Além da redução da carga tributária, o Governo do Estado de São Paulo também tem estimulado a GD com financiamentos específicos para investimentos em redução de consumo de energia e troca de combustíveis fósseis por renováveis. Os desembolsos se dão por linhas de crédito disponibilizadas pela Desenvolve SP, a agência de fomento paulista, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

A principal delas é a Linha Economia Verde (LEV), voltada para a iniciativa privada - mas há linhas desse tipo também para municípios. A agência celebrou no ano passado 34 contratos de financiamento para projetos de energia solar, sendo 15 privados e 19 públicos, somando quase R$43 milhões.