Vereador faz greve de fome na Santa Casa por piso salarial da enfermagem

20 de Agosto de 2025

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Vereador faz greve de fome na Santa Casa por piso salarial da enfermagem

O motivo da greve de fome do vereador e porteiro da Santa Casa de Misericórdia de Fernandópolis, Cidinho do Paraíso, é reivindicar o pagamento do piso da enfermagem, que foi aprovado ano passado. Durante a sessão na Câmara, na última terça-feira, 15, o vereador usou a tribuna e disse que realizaria uma greve de fome como forma de protesto. No início de agosto, o Ministério da Saúde informou que o primeiro repasse complementar aos estados e municípios para o pagamento do piso nacional da enfermagem seria feito até hoje (21). O que ainda não aconteceu.

“Trabalho de porteiro na Santa Casa há 11 anos, estou vereador no segundo mandato e estou vendo a luta desses enfermeiros e enfermeiras desde antes da pandemia de Covid-19. Saiu esse piso salarial e nada foi pago até agora. Os profissionais ficam me questionando sobre o assunto e cobrando uma ajuda. Como vereador, se mando ofício para Brasília, eles recebem e não enviam resposta. Se vou lá, mal sou atendido por secretários, no gabinete de alguns deputados, mas pouca coisa é resolvido. Então, resolvi fazer essa greve de fome para ver se chega lá em Brasília. É muito difícil essa situação delas. Muitas são arrimo de família e precisam trabalhar em dois ou três empregos e ganham pouco”, disse o vereador em entrevista à Rádio Difusora FM.

Desde às 7h05 sem comer nada, Cidinho pediu agilidade às autoridades. “Peço para a Ministra da Saúde e o Presidente Lula, para que seja rápido isso. Todos os dias sai uma portaria e fecha a outra e as enfermeiras estão trabalhando e não sai o piso. Também peço oração das enfermeiras para mim”.

Sobre o assunto, o provedor da Santa Casa Marcus Chaer, destacou que a manifestação é legítima e que certamente irá chamar a atenção das autoridades para a causa. “A greve do Cidinho não é contra a Santa Casa, é um alerta para que os entes federativos façam o pagamento do piso salarial da enfermagem, que foi aprovado no final do ano passado e até hoje os recursos não foram passados aos hospitais, municípios e estados para que seja reajustado esse piso. É uma luta digna e justa por tudo o que a classe já fez, principalmente durante a pandemia e a gente espera uma solução”, completou o provedor.