Campanha alerta para importância do diagnóstico precoce das hepatites virais

20 de Agosto de 2025

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Campanha alerta para importância do diagnóstico precoce das hepatites virais

28 de julho é o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites. Por isso estamos no “Julho Amarelo” quando as ações contra as hepatites virais ganham maior visibilidade com destaque para a importância da realização do teste rápido, uma simples picada no dedo que pode antecipar um diagnóstico antes que apareçam os sintomas.

Em Fernandópolis, o Cadip - Centro de Atendimento às Doenças Infectocontagiosas de Fernandópolis – é referência no diagnóstico e tratamento das hepatites. Este ano em parceria com o NASF - Núcleo de Apoio à Saúde da Família – estão sendo desenvolvidas ações para lembrar aos fernandopolenses a importância do teste rápido, com orientação, prevenção e diagnóstico. As UBSs - Unidades de Saúde - aumentam nesse período a oferta de testes rápidos de hepatite aos usuários. Segundo ainda o Cadip, haverá testagem em empresas do município, a fim de abranger o público alvo.

Em nota, a Secretaria de Comunicação informou que o programa de Hepatite do Cadip atende a regional de Fernandópolis que é formada por 12 municípios. Atualmente, a unidade realiza o tratamento medicamentoso de 18 pessoas para Hepatite B e três para Hepatite C. Desde o início deste ano, foram realizados três diagnósticos novos de Hepatite C e um diagnóstico de Hepatite B, com predomínio na faixa etária acima de 40 anos.

Em entrevista recente ao CIDADÃO, o médico infectologista do Cadip em Fernandópolis, Mauricio Favaleça, lembrou que “a hepatite viral é um grave problema de saúde pública e, algumas como as hepatites B e C, cronificam e podem levar pacientes a quadro de cirrose e até óbito”, alerta.

A hepatite é a inflamação do fígado e pode ser causada por vírus, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. As hepatites B e C, mais comuns na nossa região, têm transmissão via sanguínea através de instrumentos, como agulhas e alicate de unha com sangue contaminado e via sexual sem proteção.

Nem sempre a doença apresenta sintomas, mas quando aparecem, estes se manifestam na forma de cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

Quando ocorre o diagnóstico precoce, no caso da hepatite C, o tratamento é simples e dura três meses e evolui para a cura total. Na B, se consegue controlar a doença para evitar que evolua para uma descompensação do fígado.

A falta do conhecimento da existência da doença é o grande desafio, por isso, a recomendação é que todas as pessoas com mais de 45 anos de idade façam o teste, gratuitamente, em qualquer Unidade de Saúde e, em caso de resultado positivo, façam o tratamento que está disponível no Cadip.

As hepatites A e B já existem vacinas que integram o calendário do Programa Nacional de Imunização. Para a hepatite C ainda não há vacina.