Pacientes que viajam a Rio Preto para tratamento médico cobram casa de apoio e melhorias no transporte

20 de Agosto de 2025

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Pacientes que viajam a Rio Preto para tratamento médico cobram casa de apoio e melhorias no transporte

Na quarta-feira, 03, uma postagem da jornalista Tatiana Gonçalves ganhou repercussão nas redes sociais após a exposição de um problema que afeta todos os cidadãos que viajam a Rio Preto para tratamento médico: a falta de um ponto de apoio para aguardar o horário do ônibus. 
Na postagem, a jornalista descreveu a cena que viu: “A mãe grávida com a filha sentadas na sarjeta, a mulher que faz tratamento contínuo deitada no chão sobre um lençol improvisado, e no canto a mão de um paciente vascular que se apoia na cerca porque não tem onde se acomodar. Do outro lado da rua mais de 25 pacientes fernandopolenses sentados na mureta do “shoppinho” de Rio Preto esperam os pacientes que estão em atendimento no hospital”, descreveu Tatiana.
Segundo a postagem, o único “ponto de apoio” a esses pacientes é o popular “shoppinho”, que encerra seu expediente às 17h e depois disso, essas pessoas ficam sem opção para utilizar banheiro e se abrigar da chuva, caso aconteça. “Como jornalista humanista que sou, mesmo aposentada por invalidez, quando vou à Rio Preto na rotina do tratamento oncológico, não deixo de olhar para a situação das pessoas, em especial nos serviços públicos”, destacou. 
Questionada, a prefeitura disse que diariamente 70 pessoas viajam para tratamento médico em São José do Rio Preto. O primeiro ônibus sai às 4h30 de Fernandópolis e retorna às 12h de Rio Preto. O segundo sai às 11h e retorna após o último atendimento (máximo às 19h). 
Sobre a possibilidade de ter uma casa de apoio para esses pacientes a Secretaria Municipal de Saúde disse: “Já foi analisado a locação de um imóvel em São José do Rio Preto, porém os pacientes são conduzidos a dois locais opostos em Rio Preto, que é o Hospital de Base e o AME. Estamos verificando a melhor localização para que exista também a possibilidade de transporte interno naquele município”, disse a nota. Ao telefone com nossa reportagem, o secretário de saúde, Ivan Veronessi disse também que irá levar a situação para discutir com o diretor da DRS – XV, Dr. Guilherme Camargo.
O CIDADÃO também questionou sobre a possibilidade de uma medida paliativa para os pacientes tenham um amparo nessas viagens e, em nota, a Secretária de Saúde disse: “O poder público tem procurado realizar seu melhor para tornar o tratamento dos munícipes de Fernandópolis, mais seguro e confortável possível para garantir que os pacientes tenham um amparo durante suas viagens para tratamentos médicos. Enviamos profissional da área da saúde como acompanhante treinado e capacitado para dar suporte emocional e prático durante a jornada. O importante é que os pacientes se sintam seguros e apoiados durante esse momento difícil, e que suas necessidades individuais sejam levadas em consideração para garantir a melhor experiência possível. Estamos sempre abertos a sugestões”.
TRANSPORTE
Os pacientes também pedem melhorias no ônibus, pois em dias de chuva entra água e chega a molhar os pacientes. O ouvinte Marcos Brasil, do programa Rotativa no Ar, da rádio Difusora FM, também pede a instalação de bancos no Mercadão Municipal onde os pacientes esperam pelo ônibus. O senhor Umberto Teixeira, que também é ouvinte do programa, morador da Brasilândia, ainda pede a mudança do ponto de ônibus para a praça do bairro onde há bancos e banheiros. Atualmente o ponto fica em frente à Sgotti materiais de construção onde não tem infraestrutura de ponto de ônibus.